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A mostrar mensagens de julho, 2017

Será desta?

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Bruno de Carvalho e Jorge Jesus estão a ficar com um espaço de manobra muito reduzido no Sporting. Mais um ano com zero resultados e a paciência de sócios e simpatizantes do clube esgota-se, assim como se esgota o dinheiro para compras. Desde que Jorge Jesus chegou a Alvalade que a compra de atletas novos tem feito as delícias dos empresários. Contudo, ano após ano, de todos os novos jogadores apenas um ou dois são efectivamente reforços. Todos os outros são para esquecer, não chegando sequer aos calcanhares dos miúdos da formação leonina sistematicamente preteridos por Jorge Jesus. E este ano não será diferente, com a dispensa, a título definitivo, de alguns desses jovens futebolistas que, para agarrarem definitivamente os lugares na equipa principal de futebol do Sporting só precisavam de minutos de jogo. Como vai longe o plano inicial de Bruno de Carvalho, aposta nos atletas da formação leonina que encantaram com Leonardo Jardim e que estiveram na disputa do título de campeões na

De derrota em derrota... até à vitória final?

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Pela terceira vez foi chumbada uma das promessas da campanha eleitoral de Trump e uma das prioridades da actual Administração dos Estados Unidos, a revogação do chamado Obamacare. Desta vez os republicanos conseguiram fazer subir a votação para o Senado, mas viram chumbada a proposta por 43 contra 57 votos, nove dos quais de senadores republicanos, entre os quais John McCain regressado após lhe ter sido diagnosticado uma forma agressiva de cancro no cérebro. Como não se acredita que Trump dê por encerrado o assunto, é caso para perguntar: de derrota em derrota... até à vitória final?

Desculpas esfarrapadas

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Passado todo este tempo, é altura de o Governo mudar de discurso. Atirar culpas para o Governo anterior já só serve para crentes que queiram mesmo acreditar. Acontece é que há uma série de incompetentes à frente dos destinos deste país, entre os quais a Ministra da Administração Interna (MAI). Aquando da tragédia de Pedrogão Grande, afirmou que cobardia seria demitir-se. Se ela não se lembra, que pesquise na Net a história da queda da ponte de Entre Rios e a reacção do MAI de então.

Pedro Calimero Soares

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Sempre que vejo Pedro Filipe Soares, lembro-me de Calimero. Tem cara de Calimero, voz de Calimero e discurso de Calimero. O Bloco de Esquerda não faz (e faz) parte do Governo. Se não se sente "confortável" com as opções do Governo, o que tem a fazer é abandonar a coligação de partidos que suportam o mesmo na Assembleia da República. Não adianta nada vir para a comunicação social lamentar-se como se não fossem parte do problema. Acontece é que o Bloco está fascinado pelo poder e não quer, por razão nenhuma, deixar de frequentar os corredores do poder. Não pode é, sempre que alguma coisa corre mal (e, infelizmente, nos últimos tempos tem havido muita), vir para a TV (ou jornais) lamentar-se como se não tivesse nada a ver com o assunto.

Roubo descarado (II)

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Viver hoje sem banca seria o mesmo que regressar à Idade da Pedra. Impensável, temos a nossa vida organizada em torno desta inevitabilidade, o que não seria necessariamente mau. Mas chegamos a um extremo ainda há poucos anos inimaginável. Os bancos fazem o "favor" de aceitar o nosso dinheiro (que não remuneram), dinheiro esse que investem gerando chorudos lucros para os seus accionistas. Ainda não satisfeitos com este "negócio da china" , investir o dinheiro dos outros, gerando lucros que ficam para si, ainda obrigam os clientes a pagar comissões por tudo e por nada para aceitarem os depósitos. O que apetece mesmo dizer (e fazer) é "Ide à bardamerda, dai cá o meu dinheiro que eu me encarregarei de o guardar!" . Se toda a gente procedesse desta forma, eu pagaria para ver como é que os bancos prosseguiriam a sua actividade comercial.

64

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Desde os trágicos acontecimentos de Pedrogão Grande que o Governo tem andado a correr atrás do prejuízo. A última polémica prende-se com o número de vítimas e com os critérios que presidiram à elaboração da lista. Para o Governo e para as demais autoridades nacionais o número era 64 e caso encerrado. Só muito tardiamente e após investigação da imprensa e pressão da opinião pública é que António Costa admitiu não dar ainda o assunto por encerrado. Tudo começou quando o Expresso noticiou uma sexagésima quinta vítima, atropelada, mortalmente, por um automóvel quando fugia do fogo, automóvel esse que também procurava escapar ao incêndio. Como essa vítima não tinha morrido queimada ou asfixiada, não fazia parte das vítimas "oficiais" do incêndio de Pedrogão Grande. Como está haverá mais "vítimas indirectas" (terminologia oficial !!!). Pegando apenas na investigação do jornal i, haverá, pelo menos, mais nove pessoas não incluídas na contabilidade oficial, mas há qu

Roubo descarado (I)

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Quem prestar atenção às notícias relativas à variação dos preços dos combustíveis deve ficar com a impressão de que as gasolineiras têm uma planificação tipo "desenrasca"  : hoje vai comprar arroz à mercearia do bairro porque, ao jantar, verificou que já não tinha arroz, amanhã vai a correr comprar massa porque acabou, no dia seguinte batatas, e assim sucessivamente. Sempre que o preço do crude sobe, o aumento é imediato. Já quando desce, a descida dos combustíveis é diferida no tempo. Ninguém compra, hoje, apenas o petróleo necessário para o fabrico dos combustíveis que vai vender amanhã. Logo, as variações do preço da matéria-prima num dado momento deveriam ser irrelevantes, na maioria das situações, para a fixação dos preços dos combustíveis na semana seguinte. Outra coisa que nunca entendi no preços dos combustíveis é a afixação, nos postos de venda, dos preços dos combustíveis com três casas decimais. É um logro destinado a enganar os mais imbecis. Se repararem, a ter

Carne ao quilo

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Depois da chegada de um autocarro de dois pisos cheio de novos atletas para o Sporting, e ainda sem se saber quem ficará no clube de Alvalade, Bruno de Carvalho diz que o plantel ainda não está totalmente fechado, podendo ainda haver uma ou outra contratação. O Presidente do Sporting afirma, ainda, que a preparação da nova época teve em conta os erros cometidos no passado. Dito isto, parece-me: (1) O Sporting está cheio de dinheiro e (2) Ainda mais óbvio, o Sporting está precisamente a repetir os erros do passado, contratando "carne ao quilo" . A não ser que Jesus, desta vez, com bênção divina, tenha acertado em cheio, lá mais para o meio da época iremos todos constatar que, dos novos, jogam regularmente um ou dois. Todos os restantes estão remetidos para o banco ou para a bancada. O desespero de Bruno de Carvalho é notório, mas esta "fuga em frente" (contratação, primeiro, de Jesus e em seguida meia equipa todos os anos) é perigosa e, quase sempre, acaba mal. M

Não necessariamente!

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O que é bom para a Alemanha é bom para a Europa? A afirmação é do Ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, e não é, necessariamente, verdadeira. Senão vejamos, a criação do euro. O euro, criado à imagem e semelhança do marco alemão, é uma moeda demasiado forte para a maioria das economias europeias. Para além disso, como a política económica e monetária está nas mãos exclusivas do Banco Central Europeu (também ele criado à imagem e semelhança do Bundesbank), os países aderentes ao euro perderam a capacidade de jogarem com as taxas cambiais para ajustarem, sempre que necessário, a respectiva moeda às circunstâncias do momento (numa zona euro tão heterogénea, é uma utopia pensar-se em políticas permanentemente ajustadas às diferentes realidades). Coincidência ou não, desde a implementação do euro, o crescimento da maioria das economias que adoptaram a moeda única tem sido anémico. É demasiada coincidência! O único país que parece estar a dar-se bem com o euro é a Alemanha

Albergue espanhol

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Quatro anos passados sobre a abertura formal do inquérito da Operação Marquês, foram constituídos mais dois arguidos. Em paralelo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um comunicado do qual faz parte a imagem acima. Como se pode observar, ao contrário do que a própria PGR admite, não se prevê para tão cedo a conclusão das investigações, faltando ainda constituir arguidos cerca de 10 milhões de portugueses (sim porque todos somos suspeitos pois, quanto mais não seja em pensamento, já todos sonhamos (ou iremos sonhar) com malas cheias de dinheiro fácil).

Escrever direito por linhas tortas

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Nunca a expressão "escrever direito por linhas tortas" terá tido uma aplicação tão assertiva como na recente votação da comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD. Com efeito, devido à ausência de dois deputados socialistas no momento da votação do relatório final, a comissão encerrou os trabalhos com o chumbo do relatório. De acordo com João Galamba, um dos deputados socialistas ausentes, teria sido possível anular a votação, mas o Bloco de Esquerda não quis. Pudera, facilmente se imagina que, só engolindo uma manada de elefantes, é que o Bloco votaria tais conclusões. Relembrando, as conclusões do referido relatório apontavam a responsabilidade pelo buraco da CGD, única e exclusivamente, à crise, ilibando por completo as gestões do banco público.

Golden... mas pouco!

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Para mal dos pecados de muita gente, a venda do Novo Banco tende a eternizar-se. Mas enquanto o processo não for concluído, há (pelo menos) uma pessoa que tem o seu ganha-pão garantido. Trata-se de Sérgio Monteiro, "golden boy" (agora, talvez, com o brilho um pouco empalidecido em consequência  do falhanço da venda) e ex-Secretário de Estado, que viu recentemente o seu contrato de consultor com o Banco de Portugal (para a venda do Novo Banco) renovado por mais uns meses.

Cicerone presidencial

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Para a viagem ao México, Marcelo Rebelo de Sousa não poderia ter escolhido melhor "cicerone" do que Paulo Portas, ex-Vice-Primeiro Ministro de Portugal, actualmente, entre outras coisas, Presidente do Conselho Estratégico da Mota-Engil e consultor da Pemex (petrolífera mexicana). Sendo uma viagem para abrir portas aos exportadores portugueses, nada melhor do que alguém que, enquanto governante, teceu uma vasta rede de contactos por esse mundo fora. E não terá sido por acaso que Marcelo Rebelo de Sousa iniciou a visita na sede da filial mexicana da Mota-Engil (com rasgados elogios à construtora nacional), mesmo antes de ser recebido no Palácio Presidencial pelo seu homólogo mexicano.

Sem palavras

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O ferro-velho de Tancos

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Depois de ter sido apelidado o "roubo do século" de material militar, de ter originado a demissão de cinco comandantes e de, quase, ter provocado um levantamento militar (bem, não era bem um levantamento militar, mas sim uma deposição de espadas em Belém), Pina Monteiro, CEMGFA, veio a público afirmar que o material roubado era praticamente sucata quase sem valor (!!!). A ser assim, porque se demorou tanto tempo? Por outro lado, repito, a ser assim, para além dos ladrões terem feito um favor ao Exército, mal eles verificaram a qualidade do material roubado, certamente, que rolaram cabeças! Ninguém, no seu perfeito juízo, assalta um paiol de armas para roubar sucata. Por este andar, quando se concluírem as investigações, ainda vamos ficar a saber que o maior prejuízo foi o da rede cortada!

Vidas difíceis

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A partir do momento em que se soube que o ex-Presidente brasileiro Lula da Silva tinha sido condenado a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, desencadeou-se na sociedade brasileira um intenso debate acerca do quadro de Lula na galeria dos ex-presidentes do Brasil. Mais concretamente, se o quadro deveria continuar ou não em exposição. Eu, que não sou adepto de se reescrever a História (Lula da Silva, efectivamente, foi Presidente do Brasil e, como tal, deve continuar a figurar na galeria), proponho que, em vez de se tentar apagar a sua memória, retirando o quadro da exposição, se substitua o quadro por outro. E a minha proposta encontra-se ilustrada na imagem acima.

Diabo(s) à solta (II)

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Outro Diabo à solta, de nome James Rodriguez, desta vez para Renato Sanches. Como é sabido, o "puto maravilha" do Benfica foi contratado no final da época passada pelo Bayern de Munique. Com pouco espaço na equipa, Renato jogou apenas 905 minutos em toda a época. Agora com Rodriguez na equipa, perspectiva-se, para Sanches, uma época ainda mais difícil. Caso continue no Bayern (ainda não há decisão final), arrisca-se a passar ao lado de uma linda carreira.

Executar o quê?

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Joe Berardo viu 75% da sua colecção de arte moderna penhorada por três bancos, CGD, BCP e Novo Banco, por dívidas de cerca de 500 milhões de euros. O problema é estabelecer, em tribunal, uma relação de propriedade entre a Associação da Fundação Berardo e as obras de arte que compõem a Colecção de Arte Moderna do CCB. Caso o tribunal não o faça, os bancos dificilmente executarão as dívidas. E eu quase que apostava que Joe Berardo, de dele, tem apenas a roupa que veste!

Diabo(s) à solta (I)

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Apesar de formalmente anunciado, o Diabo acabou por não aparecer. Contudo, para alguns, tem andado bem à solta. Que o diga José Sócrates que, em vésperas de se completar quatro anos sobre a abertura formal do inquérito a que está sujeito, ainda não conhece a acusação. E pelo andar da carruagem, não a conhecerá antes do Outono deste ano. As contas são fáceis de fazer. O último despacho de Joana Marques Vidal dá aos investigadores 90 dias, após a recepção da última carta rogatória enviada, para conclusão do inquérito. Como ainda há cartas sem resposta, o prazo acima referido ainda não começou a correr. Estando nós em Julho, o prazo, se for totalmente utilizado, não terminará nunca antes de Outubro. Portanto, Engenheiro Sócrates, pode ir descansado "a banhos" este Verão, recarregue as baterias pois espera-o uma longa batalha judicial.

Afinal em que ficamos?

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Ainda a tinta das conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao buraco da CGD (para quem não saiba, a referida CPI concluiu que a responsabilidade foi, única e exclusivamente, da crise, ilibando a gestão da CGD) mal tinha secado, e eis que o Ministério Público vem dizer que desconfia que houve gestão danosa no banco público, nomeadamente, na concessão de créditos a certos clientes e posterior encobrimento das situações de incumprimento desses mesmo clientes. Afinal em que ficamos? Pelo menos uma das partes estará enganada relativamente às conclusões ou às suspeitas. Seria bom esclarecer-se o assunto, pois a "conta" vai ser (mais uma vez) dolorosa para os contribuintes!

Disco riscado

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O CDS-PP há muito que enterrou o passado e procura fazer o seu caminho. O PSD, pelo contrário, continua acorrentado ao passado. O discurso do seu líder, Pedro Passos Coelho, parece um disco riscado que se repete indefinidamente. Em vez de lamúrias sobre o despesismo actual e sobre a insustentabilidade da rota actual do Governo, narrativa que, aparentemente, tem pouca correspondência com a realidade, o PSD deveria estar a fazer o que se espera do maior partido da oposição: criticar o que tiver de criticar acerca das políticas do Governo e, em paralelo, apontar as suas alternativas.

Quando o sol nasce é para todos

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A Associação Sindical de Juízes Portugueses (ASJP) anunciou uma greve para os primeiros dias de Outubro. A paralisação é justificada pela ASJP pela falta de abertura do Governo em negociar o estatuto dos juízes. Falar em "estatuto dos juízes" é um eufemismo para não "ficar mal na fotografia" , pois o que está em causa é, única e exclusivamente, a questão remuneratória: os juízes queriam ser aumentados já, não esperando pelos restantes trabalhadores da administração pública. O Governo, e bem, disse que não. Quando o sol nascer, será para todos.

O rei foi destronado!

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Foi identificada uma nova espécie de carnívoro que viveu no período Jurássico (há cerca de 165 milhões de anos) a que foi dado o nome de Razanandrongobe sakalavae ou, mais simplesmente, Razana. Este predador, espécie de super-crocodilo, parente distante dos actuais crocodilos, pesava uma tonelada e estava no topo da cadeia alimentar, incluindo o até aqui rei incontestado Tyrannosaurus Rex. Como certamente já adivinharam, esta nova espécie foi identificada a partir de alguns dentes isolados e fragmentos de ossos. Perante uma tal descoberta, só me ocorre um pensamento: se os cientistas de todos os outros ramos da Ciência tivessem um pingo da imaginação dos paleontólogos, não haveria problema (poluição, alterações climáticas, doenças, etc) que não estivesse já solucionado!

O que é que se passa com o BE?

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O que é que se passa com o Bloco de Esquerda? Sempre tão lesto a pedir demissões por dá cá aquela palha, desta vez, tanto a propósito da tragédia de Pedrogão, como do roubo de armas em Tancos, nem os ouvimos sussurrar, quanto mais pedir demissões. Noutros tempos, não tão distantes quanto isso, por muito menos do que isto, teríamos todos os dirigentes bloquistas a exigir a cabeça de ministros. O que se passa é que o Bloco de Esquerda ficou fascinado com o poder. Para além disso, aspirando (digo eu!) a uma ou outra pasta num futuro Governo, sabem que António Costa não resistirá a eleições legislativas antecipadas se isso lhe "cheirar" a maioria absoluta para o PS.

Tapar a cabeça e destapar os pés

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O dinheiro não cai do céu, nem nasce nas árvores. Apesar disso, sem que tenha havido (tanto quanto eu me tenha  apercebido) alterações estruturais de contenção da despesa (bem pelo contrário, o que houve foi aumento da despesa com as reversões dos cortes implementados pelo Governo anterior), o Governo fechou o ano de 2016 com um défice historicamente baixo. Uma proeza digna de registo! Pois bem, soube-se agora como é que o "milagre" foi conseguido: à custa de cativações, quase mil milhões de euros, mais do dobro do prometido à Comissão Europeia. É claro que, quando a manta é curta, tapando a cabeça, destapa-se os pés. E isso está a custar bem caro em algumas situações. Para só citar os exemplos mais recentes, falha do sistema de comunicações de emergência na recente tragédia de Pedrogão e roubo das armas em Tancos, dois casos flagrantes do impacto das cativações feitas pelo Governo.

Medina Carreira (1931-2017)

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Ouvindo o discurso de Medina Carreira, a primeira impressão seria: "Ora cá está o Velho do Restelo do século XXI" . Nada mais errado. Medina Carreira era um optimista que achava que a situação podia sempre piorar. Sem papas na língua, sempre disse o que pensava, mesmo que isso lhe causasse dissabores. Apenas um exemplo: "Não sou pessimista. Chamam-me assim porque, para me responderem, tinham de ir trabalhar, estudar os números, raciocinar. Limitam-se a chamarem-me pessimista e dão repercussão a essa ideia. É a coisa mais estúpida deste mundo e é a fórmula cómoda de tentar anular o meu pensamento. Enquanto não vir gente capaz de tomar conta deste país, sou incómodo. Quando olho para os partidos, para estes dirigentes, não posso ser outra coisa. Os factos mostram que somos a pior economia da Europa e dos países mais endividados" (Jornal Expresso, 2009). E para ele, a gente que toma conta do país hoje não é mais capaz do que a que tomava conta em 2009.

Ainda não chegamos a tal, mas já estivemos mais longe!

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Se o arrependimento matasse, provavelmente, Manuel Pinho há muito estaria morto e enterrado. Refiro-me ao facto de ele ter aceite integrar o Governo de José Sócrates como Ministro da Economia. De então para cá foi sempre a descer: exonerado do Governo depois do infeliz incidente com Bernardino Machado na Assembleia da República, super-lesado do BES (nas suas contas) e agora arguido no caso das rendas da EDP.

Só uma coisa não muda

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"Futebol são onze contra onze e no fim ganha a Alemanha" . A frase, de um dos melhores pontas de lança ingleses, Gary Lineker, poucas vezes terá tido uma aplicação tão apropriada como nesta última edição da Taça das Confederações. Não apostando praticamente nada na conquista do troféu, a Alemanha apresentou-se na Rússia com apenas três dos habituais titulares da selecção. Todos os outros, jovens, ainda que titulares nos respectivos clubes, em termos de selecção, não passam, para já, de jogadores de segunda linha. E o segredo da vitória talvez esteja nisso mesmo. Jogando sem a pressão de ter de ganhar, a Alemanha acabou por levar para casa a taça. PS-Por outro lado, parece inegável. A renovação está assegurada. Quando os actuais "craques" arrumarem as botas, não faltará quem preencha os seus lugares!

이 날아 것 같습니다 (1)

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(1) Tradução: Olha como ele voa. PS- Considero-me culto, mas não ao ponto de falar e escrever coreano. Caso a tradução não esteja correcta, a responsabilidade é do Google Tradutor, ferramenta utilizada para traduzir "Olha como ele voa" para coreano. Eu pedia a correcção da tradução aos serviços da embaixada da Coreia do Norte em Portugal, mas acho que não há.

O tempo urge!

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Os moradores de Escalos Fundeiros, aldeia de Pedrógão Grande, rejeitam que o incêndio que provocou a morte a 64 pessoas, há duas semanas, tenha sido causado por uma trovoada seca. "Aqui não houve trovoada nessa altura, nada" , declarou um morador, frisando que a árvore supostamente atingida por um raio, como revelou a Polícia Judiciária (PJ) na manhã do dia 18, "era uma árvore podre, caída no chão e parte dela ainda no ar" , como "acontece com outras" na mesma zona florestal, continuou o mesmo morador. Toda a história da origem e desenvolvimento do incêndio em Pedrogão Grande continua muito mal contada. Quanto mais tempo a comissão de peritos demorar a começar as investigações, maior a probabilidade de nunca se chegar a determinar, com alguma certeza, as causas do incêndio.

A sorte nunca bate à porta duas vezes

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Eis o estado de espírito da nossa selecção para o jogo que nenhuma equipa quer disputar. Em abono da verdade, diga-se, Portugal (seleccionador incluído) tudo fez para isso na meia-final contra o Chile. Por muito que custe a muita gente, Fernando Santos, mais uma vez, incluído, para alguns dos jogadores presentes da Taça das Confederações o tempo da selecção nacional acabou. A sorte nunca bate à porta duas vezes e, ao que parece, o tempo da equipa que não joga bem nem mal, que não joga feio nem bonito, mas ganha acabou. Está na altura de mais uma renovação e seria bom que Fernando Santos aproveitasse os jogos que ainda faltam disputar até ao próximo Mundial para isso mesmo.