segundofolego

A contratação de Jorge Jesus pelo Flamengo foi recebida com um misto de desconfiança e de expectativa. Agora, passado este tempo, isolado no comando do campeonato brasileiro e apurado para final da Libertadores, o técnico tem o Brasil a seus pés, ou, como disse um dos comentadores da Sport TV Brasil, "O Flamengo de Jorge Jesus é uma bofetada na cara do futebol brasileiro como um todo. Da gente da imprensa, dos jogadores e dos treinadores, principalmente" . De luva branca, acrescentaria eu.

Se já se adivinhava um estado de guerrilha interna dentro do PSD no pós-6 de Outubro, Cavaco Silva, muito triste com o resultado alcançado pelos social-democratas, resolveu contribuir para o aumento dessa tensão em declaração escrita enviada à agência Lusa. Os erros enumerados à estratégia do PSD são tantos que fica a impressão que Cavaco Silva nem para porteiro de sua casa quereria Rui Rio. Não se percebe muito bem porquê (afinal de contas, como se costuma dizer em futebol, o resultado (do PSD) foi bem melhor do que a exibição), a menos que Cavaco estivesse à espera de mais um milagre de Fátima. E qual é a aposta de Cavaco para o ressurgimento do partido? Maria Luís Albuquerque, ex-aluna (brilhante) de Vítor Gaspar e sua sucessora na pasta das Finanças no Governo Passos-Portas. Parece anedota, mas não é. Bem razão tinha Einstein quando afirmou que "a inteligência humana tem limites, a estupidez não" . PS-Há quem afirme que a frase atribuída a Einstein não passa de um

Ainda a propósito das eleições do passado Domingo, a par de Cristas, que na própria noite bateu com a porta, outro grande perdedor foi Santana Lopes e a sua Aliança. Quando Santana resolveu sair do PSD e fundar um novo partido, houve muita gente que logo vaticinou uma sangria de votos ao PSD. Não só não me parece ter sido o caso, como, ao não conseguir entrar no hemiciclo da Assembleia da República, muito provavelmente, as legislativas de 2019 terão representado o "canto de cisne" da carreira política de Santana Lopes.

As eleições legislativas do passado Domingo tiveram um vencedor claro, António Costa e o PS. Mas a vitória, incontestada, terá tido um sabor amargo: ficaram a anos-luz da maioria absoluta, com que chegaram a sonhar. E pelo que se ouviu na noite eleitoral, a esquerda do PS não parece estar disposta a passar "cheques em branco" a António Costa. A CDU, em queda contínua e acentuada, tratou logo de fazer exigências que o PS nunca aceitará. Quanto ao BE, abrindo a porta a um acordo de regime ou a acordos pontuais, cobrará, seguramente caro, um eventual apoio. O PSD aguentou-se com um resultado bem melhor do que se chegou a augurar e, apesar de já ter começado fogo cerrado contra Rui Rio, o resultado não me parece dar grande trunfo aos críticos. Quanto ao CDS, a derrota foi histórica e provocou logo a primeira vítima. Ainda a noite era uma criança e já Assunção Cristas anunciava o abandono da liderança do partido. Quanto aos outros, assinale-se o excelente resultado do PAN e a

Amanhã é dia de eleições. Neste dia de reflexão, gostaria de homenagear a estrela da campanha eleitoral, o ex-Ministro Azarado Lopes, com uma chamada de atenção para quem, amanhã, sair como principal candidato a Primeiro-Ministro: convidar os amigos para Ministros redunda, não raras vezes, em erros de casting clamorosos.

Ainda a propósito da publicação de ontem, mais uma acha para a fogueira. Nome: Luís Quem Manda No Filipe Vieira Sou Eu. Na casa dele e no Benfica, também. Só a mulher escapa. É a vida, lá diz o velho ditado, "Em casa manda ele e nele manda ela" .

Apesar de quase fazer parte da mobília, Luís Filipe Vieira e Benfica não são sinónimos. Pelo cargo que ocupa, Filipe Vieira representa o Benfica perante terceiros. Como tal, não sendo o Benfica uma organização de criminosos, espera-se que quem o represente o faça de maneira condigna. O que não foi o caso e, neste particular, penso que Rui Gomes da Silva esteve bem. A sua vontade já é conhecida desde há muito. Não será tarefa fácil, mas também não será impossível. Quando pessoas se eternizam nos cargos, não poucas vezes passam a confundir-se com as próprias organizações como se elas não passassem de meras emanações de si próprios. Daí, na minha opinião, fazer sentido a limitação de mandatos.