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A mostrar mensagens de setembro, 2022

Nem oito, nem oitenta

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  As opções de Fernando Santos, nomeadamente no que toca às substituições no jogo contra a Espanha, talvez não tenham sido as mais acertadas, mas crucificá-lo pela derrota será demasiado. A verdade é que Ronaldo já não é a fera que foi e a seleção (leia-se Fernando Santos) tem de apostar nas alternativas ao seu dispor. O importante é aprender com os erros e, em situações idênticas, coragem para substituir Cristiano Ronaldo.

Quem disse que a História não se repete?

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  Dizem que a História não se repete, mas a seleção portuguesa de futebol teima em provar o contrário. Tal com há um ano (contra a Sérvia), Portugal só precisava de um empate. Tal como há um ano, adormeceu, conformando-se com uma igualdade que garantiria a passagem à fase seguinte, recuando em campo até não ter outra solução que pontapé para a frente. E tal como há um ano, um golo perto do final castigou a falta de ambição da equipa portuguesa.

Pedra no sapato da UE?

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Lágrimas de crocodilo

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  Ainda toda a gente se lembra do Messi, lavado em lágrimas, a anunciar a saída do Barcelona rumo ao PSG. Na altura, 2021, falou-se que Messi teria feito tudo para ficar no seu clube do coração, aceitando mesmo uma redução do vencimento de 50%. Pois bem, segundo o jornal espanhol "El Mundo" não terá sido bem assim, tendo Messi feito uma série de exigências (algumas extravagantes), pouco consentâneas com a situação financeira do clube catalão. Sem ser exaustivo, passo a enumerar algumas: (1) Contrato de 3 anos (2) Prémio de renovação de 10 milhões de euros, (3) Devolução dos cortes salariais acrescidos de juros a 3%, (4) Garantia do Barcelona em manter-lhe o salário líquido, (5) Diminuição da cláusula de rescisão de 700 milhões de euros para 10 000 euros, (6) Avião privado à sua disposição na época natalícia, (7) Camarote privado em Camp Nou para si e para Luis Suarez e (8) Uma comissão para o seu irmão Rodrigo. Segundo o referido jornal, o Barcelona terá concordado com tudo m

как сломать руку

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  A Rússia anunciou que vai mobilizar 300 000 reservistas para reforçar as frentes de combate na Ucrânia. A pergunta não tardou a aflorar a boca de todos os especialistas: esta mobilização poderá mudar o curso da guerra? Como sempre, há respostas para todos os gostos, mas a maioria dos especialistas apostou em nim. Entretanto, segundo a comunicação social, os russos estão a esgotar todos os voos para sair do país e as pesquisas no Google как сломать руку (como quebrar um braço sem dor) dispararam. Portanto, se dúvidas restavam, acabaram desfeitas: Vladimir Putin pode continuar a guerra indefinidamente, pois tem o povo russo do seu lado!

A demografia não engana!

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  Não adianta enterrar a cabeça na areia ou falar com meias verdades (senão mesmo mentiras completas) a respeito do sistema de pensões. Presidente da República (PR) e Primeiro-Ministro (PM) têm o dever de deixar cair o véu sobre o tema. A verdade é que a (curto) prazo a Segurança Social entrará em défice (a demografia não engana!) e a almofada do Fundo de Estabilização poucos mais anos aguentará. Não há forma de dourar a pílula: as reformas actuais terão de ser cortadas e as reformas futuras serão calculadas sobre um valor base menor. Se isto não for dito muito claramente, PR e PM deixarão um legado aos Governos futuros muito difícil de gerir.

Realidade virtual

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  Nesta altura, os pensionistas vivem numa espécie de realidade virtual no que toca ao valor (futuro) das suas pensões. Aquando da apresentação do pacote de apoio às famílias, rapidamente se percebeu que o "adiantamento" de meia pensão em Outubro afinal trazia água no bico e que iria implicar cortes futuros. Apesar do Governo negar tal, o que é certo é que se recusa a garantir que os aumentos em 2024 e anos seguintes serão feitos de acordo com (a actual) lei, talvez, por duas razões: (1) A intenção não era essa e (2) Descoberto o estratagema, a fórmula de cálculo vai ser alterada.

Liar, liar

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  Ainda há três o Primeiro-Mnistro dava a lei de 2007 como garantida, prometendo um aumento histórico para os pensionistas, porque, afirmou ele, estava na lei e a lei era para ser cumprida. Logo, pergunto, o que é que mudou tanto assim desde Junho de 2022? Relembrando, a inflação na altura era de 8.7% e a guerra da Ucrânia já decorria há quatro meses, portanto, os factores externos que poderiam condicionar a aplicação da lei já estavam todos presentes e com valores praticamente iguais aos de hoje. Terá sido (mais) uma afirmação gratuita, destinada aos pensionistas, para estes passassem as férias sem grandes aflições? Deixem-se de artimanhas e digam, alto, claro e bom som, que o actual esquema de financiamento da Segurança Social é insustentável a curto prazo. Algo terá de ser mudado e o PS, com maioria absoluta, sem desculpas, não precisa de fazer cedências a ninguém. Precisa, sim, de fazer aquilo para que os portugueses os mandataram, resolver os problemas, o que, diz-nos a experiênci

Quo vadis FC Porto?

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Homem (às) Aranha(s)

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Imparáveis!

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  Este ano, na Liga dos Campeões, os leões estão imparáveis. Dois jogos, duas vitórias. Os cofres de Alvalade agradecem.

Era escusado, senhor Presidente

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  Em 2020 os eleitores norte-americanos entregaram a Presidência dos Estados Unidos a Joe Biden, derrotando o candidato republicano, e Presidente dos EUA à data, Donald Trump. Pois bem, aproxima-se a data de os brasileiros fazerem o mesmo a Bolsonaro. Jair Bolsonaro, ainda mais bronco do que Trump, só não é tão perigoso para o mundo porque o Brasil não tem o peso dos Estados Unidos. Lamentável (e escusável), na minha opinião, foi a ajudinha que o nosso Presidente foi dar à campanha de Bolsonaro a propósito da comemoração do bicentenário da independência do Brasil.

Dar com uma mão, tirar com as duas

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  Apesar de estarmos a alguns meses do fim do ano e de ainda muita água ir correr debaixo das pontes (bem. na verdade, talvez nem tanta quanto isso, caso se mantenha a actual situação de seca), os jornalistas da Time não tiveram dúvidas e escolheram, desde já, a figura do ano 2022. Pela primeira vez, desde 1927, ano da primeira escolha, um português na lista dos (mais) ilustres deste mundo! PS-Aparentemente, o título tem pouco a ver com o texto, mas passo a explicar. Para mantermos as coisas simples, vamos trabalhar com números redondos. Imaginemos um reformado com uma pensão de 100 euros. Caso não recebesse o adiantamento, que tão generosamente o Governo lhe irá dar em Outubro de meia pensão (50 euros), para o ano iria ser aumentado em 8%, passando a 108 euros. Como irá receber o tal adiantamento, a actulização de 2023 será unicamente de 4%. Ainda que em 2022 e 2023 o rendimento dos reformados fique praticamente inalterado, o problema coloca-se a partir de 2024 e anos seguintes. Em 20

Nine eleven

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Só não percebe quem não quer

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Porque é que Donald Trump terá "desviado" tantos documentos ultra-secretos da Presidência dos Estados Unidos para a sua residência particular? A pergunta tem intrigado os investigadores do FBI, mas a resposta parece-me óbvia. Temendo as partidas que a memória gosta de provocar com o avançar da idade, Trump, pretendendo, um dia, escrever as suas memórias enquanto Presidente dos Estados Unidos, estava a acautelar fontes para não vir a ser acusado de reescrever a História.

Um café por mês

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  Portugal, à semelhança de qualquer outro Estado-Membro da União Europeia, pode baixar o IVA do gás e da luz sem pedir autorização ao Comité do IVA. O Governo português resolveu não mexer no IVA do gás e, quanto à luz, anunciou uma descida que poderá ter criado falsas expectativas em muita gente. Para além da descida do IVA não ser para todos (nem para a totalidade do consumo mensal), o consumo de energia representa, apenas, cerca de 50% do montante a pagar. Daí que, a descida anunciada irá traduzir-se numa poupança mensal de um a um e qualquer coisa euros por mês segundo as contas de diversos orgãos de comunicação social.

A montanha pariu um rato (2)

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  Ainda a propósito dos apoios às famílias anunciado pelo Governo, IVA da luz a 6% desconta 1 euro por fatura (contas JN) e a meia pensão extra a pagar em Outubro implica baixar a atualização prevista para o próximo ano de 8% para 4.43%. Como se percebe, a vontade do Governo em ajudar quem precisa é imensa!

Os maiores

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  Regressaram os grandes eventos musicais, mas músicos como estes não há. Enchem a boca com a palavra ajuda, apoiar os mais necessitados, etc, mas, no fundo, quando a poeira assenta, acaba-se por verificar que as coisas ficaram mais ou menos na mesma.

A montanha pariu um rato

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  Como escrevi, a montanha pariu um rato. As medidas de apoio às famílias anunciadas pelo Primeiro-Ministro pouco mais representam... do que nada, ou, por outras palavras, era preciso anunciar qualquer coisa para que tudo ficasse (quase) na mesma. O que o Governo, tão generosamente, anunciou ir dar às famílias é uma pequeníssima parte da receita fiscal extraordinária que tem arrecadado. Se dúvidas houvesse, ficaram desfeitas. A prioridade do Governo continua a ser a arrecadação de impostos.

Palavras leva-as o vento

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  Quase não há dia em que não ouvimos o Primeiro-Ministro anunciar milhões para isto ou para aquilo, anúncios esses que, feitas as manchetes dos jornais e as aberturas dos telejornais, são metidos na gaveta sem que nada aconteça. Apenas um exemplo: por cada 10 euros que o Governo prometeu investir no SNS, nos primeiros seis meses do ano, foram gastos apenas 1,2 euros. O mesmo vai acontecer com as medidas de apoio à inflação e crise energética. Seja o que for que venha a ser anunciado, não passará de marketing político com pouco (ou nulo) efeito prático.

Solidariedade a quanto obrigas

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  No regresso à vida normal de Marta Temido, o Primeiro-Ministro, António Costa, fez questão de mostrar a sua solidariedade por quem se esfalfou tantos anos devotada à causa pública. Basta pensarmos nas conferências de imprensa diárias a que a ex-Ministra da Saúde se sujeitou durante a pandemia, conferências essas em que ou não era dito nada de novo ou se afirmava o contrário do que tinha sido dito no dia anterior.