segundofolego

O Benfica desperdiçou na Turquia uma belíssima ocasião de carimbar o passaporte para os oitavos da Liga dos Campeões. A ganhar por 3-0 ao intervalo, muito poucos (incluindo os turcos) acreditariam que o jogo não estaria ganho. E contudo os turcos conseguiram o empate com a ajuda de dois velhos carrascos do Benfica: Quaresma e Aboubakar. Agora, ainda que nada esteja definitivamente perdido, o Benfica, para passar à fase seguinte da competição, terá de ganhar ao Nápoles na última jornada. O jogo será na Luz, mas a tarefa não se adivinha fácil

Se fosse vivo, o Júnior faria hoje 12 anos de idade, o que, considerando a forma habitual de equivaler os anos dos cães aos anos humanos, corresponderia à (nossa) respeitável idade de 84 anos. Estaria velhinho, mas, quero acreditar, continuaria o líder que desde muito novo se afirmou. Quando ele veio para casa eu tinha outros dois cães, o Rex, igualmente um boxer e também já morto, e o Faísca, um rafeiro de porte grande ainda vivo. Cresceu forte e saudável e em adulto era um poço inesgotável de energia para brincar. Adorava bolas (tinha sempre algumas bolas espalhadas pelo jardim, já rebentadas, pois, quando alguém lhe dava uma bola nova, não descansava enquanto não a rebentava) e, ao fim da tarde, quando eu chegava a casa, o Júnior ia logo agarrar uma bola e vinha a correr para mim para brincarmos. Nem sempre estava com disposição para isso. Se fosse hoje, teria dispendido mais tempo a brincar com ele. Morreu de forma quase fulminante em 2013. Numa sexta-feira ao final da tarde

A nova taxa de adicional ao IMI para património imobiliário acima dos 600 mil euros ainda não entrou em vigor e já foi agravada! Comércio e serviços ficam de fora, imóveis para habitação pagam a diferença. A famosa taxa, que tanta tinta já fez correr, já não será de 0.3%, mas sim de 0.7% (até 1 milhão de euros) e de 1% acima de 1 milhão de euros. A geringonça até pode ir correndo bem, mas, como se vê, isso só acontece à custa da sangria desenfreada dos contribuintes.

Aquando do sorteio da Liga dos Campeões, as opiniões foram unânimes: nem a pedido o Porto poderia sonhar com um grupo mais acessível. Depois foi o que temos assistido, uma sementeira de pontos tal ao ponto de os dragões ainda não terem conseguido assegurar a passagem à fase seguinte. Mas nada de preocupações, o Porto continua a depender unicamente de si! Isso é que eu acho preocupante. Tendo em conta a forma como o Porto anda a jogar, depender apenas de si contra o Leicester na última jornada da fase de grupos não é, seguramente, a melhor canção de embalar para os sócios e simpatizantes portistas.

Esperava-se para Alvalade uma noite de circo, com Cristiano Ronaldo a domar os leões, mas nem por isso. De qualquer forma, o pior aconteceu: o Sporting, ao perder o jogo, disse adeus aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Aos 80 minutos, na sequência da mãozinha de coentrada, ainda tudo parecia possível, tanto mais que o Sporting, apesar de estar a jogar com 10 unidades, não estava a ser muito inferior ao Real Madrid. Até ao cruzamento de Sergio Ramos e a cabeçada de Benzema que selou o destino dos leões. Resta-lhes agora controlar os danos: não perder em Varsóvia e passar para a Liga Europa.

Ainda há poucos dias, Pedro Nuno Santos, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares afirmou que o Governo não assumiu compromisso nenhum com os membros da administração da CGD a propósito das declarações de património e de rendimento. Pois bem, mais recentemente António Lobo Xavier afirmou exactamente o contrário. Foi até um pouco mais longe, afirmando que o compromisso foi assumido por escrito. Lobo Xavier, que é administrador do BPI (banco de onde saiu António Domingues), deve saber do que falava e não acredito que tenha feito a afirmação de forma leviana. Aparentemente o que se passou foi o seguinte: Mário Centeno concordou com as condições impostas pelos novos gestores, pensando que bastava retirá-los do perímetro dos gestores públicos para os isentar da obrigação de apresentar as declarações. Estava redondamente enganado como o demonstrou o Presidente da República. De qualquer forma, nem ele nem o Primeiro-Ministro podem desresponsabilizar-se do assunto e chutar a bola par

A força já esteve com ele. Agora (e por agora quero dizer últimos anos) é como se o Império tivesse contra-atacado e encurralado o FC Porto num imenso buraco negro. A recente eliminação pelo Chaves é apenas o último dos múltiplos "flops" a que o Porto nos está a habituar. E não atirem as culpas para cima dos árbitros. Para ganhar jogos, basta ao Porto marcar mais um golo do que o adversário. Há que repensar a equipa e investir onde realmente é necessário.

Economia portuguesa acelera no terceiro trimestre e consegue o maior crescimento em cadeia da zona euro, crescimento de 0.8% do PIB em cadeia e de 1.6% em termos homólogos, o que significa que a  meta do Governo para o final do ano (1.2% do PIB) está perto de ser ultrapassada. No futebol é frequente passar-se de bestial a besta em menos de um fósforo. Nos indicadores económicos a velocidade não é frenética, mas ainda há poucos dias, nas discussões da proposta de Orçamento para o próximo ano, discutia-se o porquê da economia não estar a crescer. Afinal cresceu e bem, se compararmos com a restante zona euro. Entretanto soube-se que a proposta de Orçamento para 2017 passou no crivo de Bruxelas. Mário Centeno e o Governo têm razões para sorrir!

Se tinhas impostos em dívida ao Fisco de há quatro anos e pensavas poder escapar por entre os pingos da chuva, desengana-te. As Finanças receberam instruções para a recolha da documentação a tempo de enviarem as notificações dentro do prazo aos caloteiros (segundo a lei tributária, quatro anos). Passado esse tempo, receber só no Totta!

Ainda que Trump Presidente não venha a replicar Trump candidato, Donald Trump não poderá desdizer tudo quanto afirmou durante a campanha sob pena de perder toda a credibilidade. E, depois de eleito, Donald Trump já (re)afirmou algumas das suas promessas eleitorais: construção do muro na fronteira com o México, nomeação de juízes pró-armas e anti-aborto para o Supremo Tribunal, deportação de alguns milhões de emigrantes ilegais e Acordo de Paris para o caixote do lixo. Retrocesso civilizacional? Talvez, mas, como já aqui escrevi, é a democracia a funcionar.

Segundo foi noticiado, será hoje quebrado o impasse que se vive há semanas na CGD. O Conselho de Administração vai reunir e decidir se fica ou não. Segundo a imprensa, todos os cenários estão em cima da mesa: demissão em bloco da administração ou permanência de Domingues ainda que com algumas baixas (alguns administradores já terão dito que saem caso sejam obrigados a apresentar as declarações). Uma coisa parece certa: caso Domingues resolva sair, toda a administração sairá. Toda esta embrulhada só me merece um comentário: de insubstituíveis estão os cemitérios cheios. Caso esta administração se demita, seguramente, haverá outras pessoas igualmente capazes de levar a CGD a bom porto.

Agora de pouco valerão as manifestações anti-Trump. Os americanos escolheram, resta-lhes a eles (e ao mundo) conviverem com a escolha. Contra o aborto, não querem um sistema de saúde universal, acreditam que os imigrantes ilegais devem ser todos deportados, querem um muro na fronteira com o México, opõem-se a qualquer controlo das armas e não aceitam que duas pessoas do mesmo sexo se possam casar, eis o retrato do eleitor americano que votou Trump. Se isto representar um retrocesso civilizacional nos EUA, paciência, é a democracia a funcionar.

Apesar dos desmentidos e do (aparente) optimismo de António Costa, ao que consta, o Governo e a Presidência da República já estarão a trabalhar num plano B para o caso de a administração da CGD teimar em não entregar as declarações de rendimento e de património no Tribunal Constitucional. E até já circulam nomes: Paulo Macedo e Carlos Tavares, entre outros.

Há silêncios ensurdecedores e o de Mário Centeno a propósito da nova administração da CGD é gritante. Depois da enorme vitória que foi o sim de Bruxelas à recapitalização do banco público, o assunto descambou e nunca mais se endireitou. A posição do Ministro das Finanças ficou obviamente fragilizada. A nova administração tinha toda a legitimidade para pedir o que pediu. O Governo é que não podia em circunstância alguma aceitar o pedido.

Apesar de Hillary Clinton ter perdido a eleição para Presidente dos Estados Unidos, Madonna não perdeu tempo e desencadeou o processo para cumprir a sua promessa. Como se pode ver na sua página do Facebook (imagem acima), a adesão dos eleitores masculinos que votaram em Hillary está a processar-se a bom ritmo. PS-O mês de Janeiro encontra-se de momento reservado para Obama. Caso o ainda Presidente pretenda ser retribuído por ter votado em Hillary (ainda não decidiu), Madonna reservou-lhe o mês todo para ele poder encaixar a data na sua sobrecarregada agenda presidencial. Assim que a data for escolhida, os restantes dias do mês ficarão livres para outras marcações.

Capturado, talvez não seja o termo mais correcto. Na verdade, Pedro Dias, farto de ver as polícias nacionais expostas ao ridículo, resolveu telefonar à Polícia Judiciária para combinar a sua entrega. Como única exigência, impôs como condição que a RTP filmasse tudo. E assim terminou a novela da sua fuga. Perspectiva-se uma nova, quando se iniciar o julgamento. É que Pedro Dias clama inocência nos factos que lhe são imputados, nomeadamente homicídio de duas pessoas e roubo de viaturas. Quanto a este segundo aspecto, Pedro Dias foi categórico: não roubou nenhuma viatura, os carros foram-lhe emprestados!

O que o mundo temia aconteceu. Donald Trump foi eleito o 45º Presidente dos Estados Unidos da América. Tomando como referência o seu discurso de vitória, para bem de todos, espera-se que Trump, confrontado com a realidade da sua nova condição de Presidente da nação mais poderosa do mundo, modere a sua acção. Uma coisa foi o discurso de campanha, outra será a sua intervenção como Presidente, espera-se.

Com a tomada de posição do Presidente da República (e a reviravolta da posição do governo), não restará outra alternativa aos membros do Conselho de Administração (CA) da Caixa Geral de Depósitos (CGD) senão a de entregar as declarações de rendimentos e de património no Tribunal Constitucional. Mas António Domingues e demais membros do CA da CGD podem ficar descansados, elas irão ser mantidas rigorosamente confidenciais. Como se pode observar na imagem acima, o Tribunal Constitucional já preparou um cofre-forte onde as declarações serão depositadas, não havendo o risco de as mesmas aparecerem, um dia destes, publicadas num qualquer pasquim. PS-Entretanto soube-se que os administradores da CGD já foram notificados pelo Tribunal Constitucional para apresentarem as declarações, dispondo a partir desta data de 30 dias para cumprirem a notificação ou renunciarem aos mandatos. Aceitam-se apostas.

Direcção, jogadores, adeptos, equipa técnica dificilmente imaginariam um início de época do Manchester United tão frouxo, para não dizer desastroso, como este ano. Ainda que, de momento, nada esteja perdido (Liga Europa, Premier League), o descontentamento para os lados de Old Trafford deve ser mais que muito. De special one (primeira passagem pelo Chelsea), happy one (segunda passagem pelo Chelsea), José Mourinho parece agora the lost one . E, caso a aventura no Manchester corra mal, rapidamente Mourinho se tornará num no one para as equipas de topo inglesas.

Mais logo, irão os eleitores norte-americanos cometer o crime do século? A luta promete ser renhida e Donald Trump afirmou que, em caso de derrota, irá pensar se aceita o resultado ou não. Apesar de estarmos a falar dos Estados Unidos, país com uma democracia perfeitamente consolidada, um comentário deste tipo faz-me lembrar aqueles países terceiro-mundistas em que, apurados os resultados, os candidatos derrotados clamam por fraude eleitoral e não aceitam os resultados.

Ainda a propósito de António Domingues e da sua recusa absoluta em entregar a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional, vai-se começando a conhecer alguma coisa acerca dos seus investimentos pessoais. Através de uma carta anónima enviada para a Assembleia da República, ficou a saber-se que em 2010 António Domingues perdeu 700.000 euros num investimento pessoal em derivados financeiros. O próprio o confirmou quando confrontado com o teor da carta. Será por esta (e outras?) que António Domingues faz finca pé em não divulgar a sua declaração de rendimentos? Manter a reputação de super gestor bancário do género "nunca me engano e raramente tenho dúvidas" , homem providência que vai tirar a CGD do enorme buraco em que foi metida por anos de administrações constituídas por comissários políticos? Se era essa a ideia, António Domingues bem a pode esquecer. Com toda a discussão em volta do assunto, a imprensa só descansará no dia em que tudo estiver publicado.

Ao contrário do que afirmou António Costa, o assunto da entrega das declarações de rendimentos da nova administração da CGD está longe de estar encerrado. O último desenvolvimento deve-se a Marcelo Rebelo de Sousa que, numa "reflexão" publicada no site da Presidência da República escreveu: "A obrigação de declaração no Tribunal Constitucional vincula a administração da Caixa Geral de Depósitos" . Mas se o TC tiver um entendimento diferente, deve ser a Assembleia da República a "clarificar o sentido legal por via legislativa" . Face a isto, a administração da CGD poderá cair caso o TC a obrigue a apresentar as declarações de rendimentos. É que a administração da CGD aceitou entrar em funções no pressuposto de que não seria obrigada a apresentar a declaração. Aliás, essa terá sido a condição apresentada ao governo, condição essa aceite pelo mesmo. Em suma, estaremos em presença do Waterloo de António Domingues?

O livro "Um presidente não deveria dizer isso" , da autoria de dois jornalistas com base no testemunho do Presidente francês François Hollande, só vem confirmar aquilo que Jean-Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia, já tinha dado a entender em Junho: a França tem tido tratamento especial no que respeita às metas do défice. Portanto, qual a novidade?

Dez meses e duas eleições depois, a Espanha tem novo governo. Sendo um governo minoritário, Mariano Rajoy deixou claro ao que vem: "corrigir tudo o que mereça correcção, melhorar tudo o que for melhorável e ceder em tudo o que seja razoável" , mas não a "derrubar tudo o que foi construído" . Pelo menos relativamente a Espanha, parece que Wolfgang Schäuble não terá motivos para se preocupar!

António Domingues recusa, frontalmente, depositar a sua declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional (TC). Há mesmo quem afirme que essa terá sido uma condição para aceitar o cargo na Caixa Geral de Depósitos. Mas parece que não terá alternativa. Caso o TC não peça a declaração, com excepção do PS, todos os partidos com assento na Assembleia da República já manifestaram disponibilidade para legislar nesse sentido. Tanta tem sido a discussão em torno deste assunto que António Domingues pode estar certo de que, caso se mantenha no cargo e caso venha a ser obrigado a entregar a declaração de rendimentos no TC, declaração entregue, declaração publicada, quanto mais não seja, no Correio da Manhã!

Aproveitando a simbologia do dia de hoje, gostaria de recordar dois dos meus melhores amigos infelizmente já desaparecidos, o Rex e o Júnior. Talvez um dia, quem sabe, nos juntemos novamente numa outra vida!

O Bloco de Esquerda não desarma. António Domingues, presidente da Caixa Geral de Depósitos, tem o dever e a obrigação de entregar a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional. "Não pode estar à frente da Caixa Geral de Depósitos quem não quiser cumprir deveres de transparência" , afirmou Catarina Martins. "É incompreensível que [António Domingues] não o faça. Tem de o fazer. Alguém acha normal que alguém que gere o banco público não mostre os seus rendimentos? Que não seja claro de onde é que aufere os seus rendimentos? Os conflitos de interesses que possam ou não ter? Claro que tem de ser. A única coisa que protege a democracia, o interesse público e o dinheiro público são as boas regras" , continuou a coordenadora bloquista qual padeira de Aljubarrota a desancar castelhanos. Não é novidade nenhuma, a gestão do dossier CGD por parte do governo tem sido desastrosa e o BE sempre esteve contra. António Domingues ao não querer entregar a declaração de ren