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A mostrar mensagens de janeiro, 2021

Correr atrás do prejuízo

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  A actuação do Governo, no que diz respeito ao controlo da pandemia no nosso país, tem sido o mais surreal que se possa imaginar. Avanços e recuos constantes, meias verdades (ou menos), juras repetidamente afirmadas e logo esquecidas, perante o iminente colapso do SNS, desculpas mais do que esfarrapadas, tudo tem servido ao Primeiro-Ministro para tentar passar por entre os pingos da chuva. A Ministra da Saúde é a personificação do desespero, uma voz isolada no seio do Governo sem peso para impor seja o que for. A situação agrava-se a cada dia que passa, sem que se vislumbre o mais ténue clarão de luz ao fundo do túnel. Senhor Primeiro-Ministro, ponha de lado a sua bola de cristal e comece a ouvir a opinião dos especialistas, por mais pessimista que possa ser. Todos sabemos que as pessoas estão cansadas e que tendem a relaxar. Se continuar a tomar decisões, esperando pelos números de duas ou três semanas, corremos o risco de continuar a correr atrás do prejuízo. E a corrida já nem é se

Presidenciais 2021 (2)

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  Quanto à esquerda, foi mau (PCP e BE, juntos, não valeram sequer a votação de André Ventura), mas o desastre ainda poderia ter sido maior caso Ana Gomes não tivesse cumprido os mínimos, isto é, ficar em segundo lugar. Mas nem tudo são notícias tristes para a esquerda. Veja-se, por exemplo, António Costa. No plano interno, se a ala mais à esquerda do PS valer, unicamente, o resultado de Ana Gomes, António Costa bem pode dormir descansado. Quanto ao Governo, PCP e BE, face aos resultados das presidenciais, pensarão bem mais do que duas vezes antes de sonharem em desencadear uma crise política. Em síntese, apesar do descalabro da esquerda, António Costa, aparentemente, ficou com a vida bem mais facilitada.

Presidenciais 2021 (1)

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 E agora, direita? O problema ficou bicudo! Ainda que não passe de um raciocínio meramente especulativo, André Ventura ao multiplicar a sua votação em 7.32 vezes, coloca o Chega em posição (quase incontornável) num hipotético futuro Governo de direita. Como disse, mesmo que não haja relação directa entre legislativas passadas e presenciais actuais, e entre estas e futuras eleições legislativas, o quase meio milhão de votos arrecadados por Ventura, quantos deputados valeria em eleições legislativas? Em 2019, o Bloco de Esquerda, com apenas mais 5 000 votos (500 017), elegeu 19 deputados. Mais de uma dúzia, seguramente! O crescimento já era esperado. Só que não tão expressivo!

Para quê deixar para amanhã (segunda volta) o que pode ser resolvido hoje?

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Finalmente!

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Desperado: The Final Act?

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 Num país civilizado e democrático, como são os Estados Unidos da América, era impensável assistir-se a um espectáculo como o do recente ataque ao Capitólio por apoiantes de Trump. Sem mais nada a que se agarrar, Donald Trump alimentou todo este tempo o mito de que as eleições para a Presidência foram uma fraude e que só assim foi derrotado. Tanto alimentou o fogo que é bem provável que venha a sair chamuscado. Agora de pouco adiantará a garantia de uma "transição ordeira" .

Pedro Mãos de Tesoura

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  Lembram-se do Pedro Mãos de Tesoura, o homem que durante a campanha prometeu cortar unicamente a despesa supérflua e que, chegado ao poder, cortou tudo menos a dita? Pois bem, agora que os militantes do PSD parecem ter chegado à conclusão que o estilo de liderança de Rio (leia-se, "não sambar nem sair de cima" ) não leva o partido a lado nenhum, o Pedro, qual D. Sebastião, começa a surgir da bruma como o desejado (do PSD profundo e não só). Diga-se, em abono da verdade, que o homem, torpedeado pela geringonça, e ao contrário de Trump, saiu de cena com dignidade e remeteu-se a um silêncio quase absoluto todos estes anos. Caso aceite o desafio, espera-o uma missão (quase) impossível: domesticar Ventura, agregar a direita e atirar o Costa para a oposição.