segundofolego

 O Hitler turco deu luz verde para a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO. Mesmo sem se conhecer os pormenores do acordo, ninguém duvidará que a "fava" saiu aos curdos. Eles é que irão ser os grandes sacrificados deste "acordo histórico".

Agora, senhor Primeiro-Ministro, com o OE aprovado e, sobretudo, com maioria absoluta na AR, chega de "música" , promessas sistematicamente (re)afirmadas e nunca cumpridas. Estaremos a viver, senão a última, pelo menos a última grande oportunidade de darmos o salto em frente. Acabaram as desculpas e a "cantiga" de que a culpa é de Passos Coelho, seis anos depois de governos PS, é ridícula. Já ninguém a leva a sério e soa a incompetência pura e simples. Vai ser preciso muita coragem (política) para afrontar as situações, mas maiorias são para isso mesmo: decidir, sem necessidade de cedências, comprometedoras da eficácia das soluções.

  Todos os dias somos confrontados com notícias relativas ao fecho de Urgências hospitalares um pouco por todo o lado. Pergunto, em nome da saúde do planeta, não seria melhor noticiar quais as Urgências que estão operacionais? Sempre se poupava algum papel! PS - O Ministério da Saúde bem pode abrir concursos para médicos especialistas (ou não) para o SNS. Enquanto a actual situação perdurar, eles continuarão a ficar desertos, o que poderá não ser, necessariamente, uma má notícia. Depende de quem analisa. Por exemplo, o Ministério das Finanças agradece!

  Há países que estão há anos à espera da abertura das negociações para a adesão à União Europeia (UE) e a  Ucrânia conseguiu, em quatro meses, o estatuto de país candidato à União Europeia. Mais do que uma decisão histórica, a concessão do estatuto à Ucrânia é uma decisão política, sem nenhuma adesão à realidade, resultante, unicamente, da invasão do país pela Rússia. A contrapartida pela "mentira" com que a UE tem andado a alimentar a Ucrânia, a saber, que irão ganhar uma guerra que está perdida desde o primeiro momento da invasão?

  Em Portugal, o Governo farta-se de anunciar medidas de "apoio às famílias", medidas essas, como se tem vindo a constatar, com impacto nulo ou praticamente nulo. Puro marketing apenas para ficar bem na fotografia. Baixar o IVA na electricidade ou combustíveis? Não podemos, as regras da UE não o permitem. Vem isto a propósito da recente notícia de que a Espanha vai baixar, pela segunda vez no espaço de um ano, o IVA da electricidade. Ora, tanto quanto seja do meu conhecimento, a Espanha, fazendo parte da UE, estará (digo eu!) sujeita às mesmas regras que Portugal. Logo, podendo a Espanha, Portugal também pode. Não há é vontade política. Apesar do discurso oficial de que está tudo bem (uma espécie de teoria do oásis 2), a verdade é que Portugal enfrenta hoje riscos muito elevados. Os juros da dívida têm vindo a aumentar e sem o "guarda-chuva" do BCE rapidamente se fixarão em taxas incomportáveis. Perspectivam-se tempos difíceis, o Governo sabe-o, apenas não o diz.

António Costa tem andado numa roda-viva pela Europa. Em dois meses e meio, já percorreu as principais capitais europeias e já teve encontros com os principais líderes. Apesar de o Presidente da República o ter "amarrado" até ao final da legislatura ao cargo de Primeiro-Ministro, nada como começar a preparar, antecipadamente, o tão apetecido cargo europeu. Entretanto, para acalmar as hostes internas, António Costa garante aumento histórico das pensões e dos salários do Estado em 2023. Como não disse quanto, eu quase apostaria que, para Costa, histórico é sinónimo de 1, máximo 1.1%.

  O Governo alemão anunciou que vai reforçar a produção de energia eléctrica a partir de centrais a carvão, respondendo, dessa forma, à baixa de fornecimento de gás russo. Para quem tinha prometido eliminar gradualmente o carvão até 2030, não está nada mal. Fontes alternativas de abastecimento? Energias renováveis? Vamos pensar no assunto. Quanto às alterações climáticas, é uma tragédia, mas... quem vier atrás que feche a porta.

  Sempre disse (e escrevi) que Carlos Cruz foi condenado no processo Casa Pia porque alguém (de nome nacional) tinha de o ser. Nem mesmo as retratações de algumas das testemunhas que tinham sido decisivas para a sua condenação levaram os tribunais portugueses à reabertura do processo. E não acredito que, passado todo este tempo e tendo cumprido a pena, o ex-apresentador, caso tivesse participado nas situações que lhe foram imputadas, continuasse a lutar pela revisão da condenação, recorrendo, mais uma vez, para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

  A avaliar pelo estado do SNS, não parece haver dúvidas. Mas nem por isso a Ministra perde o sorriso!

  Há falta de médicos especialistas? Urgências hospitalares fechadas ou fortemente condicionadas? Atrasos (que se traduzirão em mortes antecipadas) no diagnóstico e/ou cirurgias de doentes oncológicos? A culpa é da troika e do Governo Passos Coelho, pois, desde 2015, data do primeiro Governo de António Costa, apenas temos tido tempo para fazer o que mais gostamos: anúncios de investimentos de milhões sistematicamente adiados para as calendas gregas.

  A espiral inflacionista é alimentada, unicamente, pela subida de salários dos trabalhadores da Administração Pública (AP)? A avaliar pelo recente pedido do Primeiro-Ministro, parece que sim. Costa recusou aumentar os trabalhadores da AP em mais de 0.9% para não alimentar a espiral inflacionista e pediu ao sector privado um aumento de 20% (reais ou nominais?) para os salários médios dos seus trabalhadores.