segundofolego

 

 Até o Pai Natal andava desesperado com a hipótese de cancelamento do Natal 2020. Mas afinal sempre vai haver, pelo menos em Portugal. Não será exactamente igual ao dos anos anteriores, mas, como dizia Guterres, "É a vida!" .

 

  Está encontrado o palhaço do ano, na pessoa do Senhor Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. O Senhor Ministro afirma, com todos os dentes que tem na boca, que condenou a morte no SEF "desde a primeira hora" e que garante "empenhamento no apuramento das responsabilidades" . Quanto à primeira afirmação, deve tê-lo feito com um tom de voz tão baixo que nem o PS o ouviu (Ana Catarina Mendes, líder parlamentar do PS, ainda há dias apelou ao Ministro para que quebrasse o "silêncio ensurdecedor" ). Quanto à segunda afirmação, o Senhor Ministro, se não é, parece ser alentejano. Só assim se compreende que, só passados todos estes meses sobre a morte do cidadão ucraniano é que o "porteiro" (leia-se, Directora do SEF) se tenha (ou tenha sido) demitido.

  Mesmo sem pandemia, a TAP já era um problema. Claramente sobredimensionada para as necessidades do país e da nossa comunidade  espalhada pelos quatro cantos do mundo, chegou a altura  de pegar o touro pelos cornos e adequar a empresa à realidade, tornando-a viável e sustentável. Haverá coragem (política) para tal ou, mais uma vez, vai empurrar-se o problema com a barriga à espera de mais um milagre de Nossa Senhora de Fátima?

  O plano da DGS, apresentado por Graça Freitas ao Conselho Nacional de Saúde Pública, para a vacinação dos portugueses contra o novo coronavírus coloca a população mais vulnerável (os maiores de 65 anos) no final da lista das prioridades. Evidentemente, tal "tontice" (nas palavras de Marcelo) foi imediatamente desmentida por todos os responsáveis políticos ( "As vidas não têm prazo de validade" , afirmou António Costa). Mas, pensando bem, faz sentido. O país está de tanga e a população mais idosa é um sorvedouro de dinheiro dos cofres públicos. É só pensarmos nas reformas, comparticipações médicas e medicamentosas, etc. Portanto, porque não contribuir para o alívio das contas nacionais, deixando "ir em paz" aqueles que já não contribuem para a riqueza nacional?

 

  Pela primeira vez, Trump reconheceu a derrota eleitoral ( "Ele venceu porque a eleição foi uma fraude" , escreveu no Twitter). Admitir será, talvez, um exagero, porque logo de imediato Trump acrescenta: "Ele só venceu aos olhos da fake news (notícias falsas). Não admito NADA! Temos um longo caminho a percorrer. Esta foi uma eleição manipulada" . Mártir, vítima de uma mega fraude eleitoral, Trump continua a não aceitar o inevitável, a negar a realidade, sem apresentar a mínima prova daquilo que alega.

  O povo norte-americano, generoso e compreensivo, resolveu satisfazer um dos desejos do seu Presidente cessante. Em tempos, Donald Trump terá manifestado o desejo de se juntar aos quatro Presidentes norte-americanos imortalizados no Monte Rushmore. Pois bem, em agradecimento por Trump ter falhado a sua reeleição, os norte-americanos decidiram concretizar a sua aspiração. Acima uma antevisão do futuro Monte Rushmore.

 

  Como já se esperava, o PS decidiu não apoiar nenhum candidato nas próximas eleições presidenciais. E não terá sido apenas pelos muitos "colinhos" que o actual Presidente deu ao Governo na anterior legislatura. Seguramente, o PS (leia-se, António Costa) estaria a antever um relacionamento institucional mais crispado com Ana Gomes do que com Marcelo Rebelo de Sousa, mesmo sendo Ana Gomes oriunda da família socialista.

  Parece já não haver dúvidas, Trump falhou a sua reeleição para a Presidência dos Estados Unidos. Mas mesmo assim, ainda será Presidente, com plenos poderes, até ao dia 20 de Janeiro de 2021, data em que Joe Biden terá de ser empossado, como 46º Presidente dos Estados Unidos.

 O homem, sentindo o chão a fugir-lhe debaixo dos pés, está "verde" de raiva. Dispara contra tudo e contra todos, acusa, ameaça, mas, bem ao seu estilo, não apresenta a mínima prova do que alega, o que, em si mesmo, é um bom sinal para Biden (e, já agora, para o mundo). Estará ele a pressentir a sua reeleição perdida? Se assim é, não está sozinho. As principais cadeias de televisão norte-americanas, como a ABC, CBS ou NBC, cortaram o discurso do Presidente no horário nobre. Até a própria Fox News, referência informativa do Partido Republicano, já desmente as alegações de Trump.

 Encontrar bons amigos é difícil, dizer-lhes adeus ainda é mais.

 

  O actual "desentendimento" entre o BE e o PS a propósito do OE 2021, não passa de um arrufo de namorados. Viabilizada a aprovação do OE na generalidade, o BE ficou com liberdade para "mostrar músculo" . Na especialidade, quanto mais não seja, surgirá um entendimento a propósito de uma qualquer vírgula que, em caso de necessidade, também fará passar o documento sem que nenhum dos partidos "perca a face" .

  O Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 2020 entrou definitivamente na história da categoria mais elevada do desporto automóvel mundial. Ontem, Lewis Hamilton bateu o incrível recorde de vitórias em Grandes Prémios de Michael Schumacher, tornando-se no piloto mais vitorioso de sempre. Como já aqui escrevi, parece não haver limites para este extraordinário piloto inglês.

 

StayAway COVID para quê? Para além dos imensos problemas constitucionais que levanta a obrigatoriedade da sua instalação, para a maioria dos resultados positivos não são gerados códigos e, dos poucos que são, apenas uma ínfima parte são inseridos na aplicação. Assim, e partindo dos números italianos já com muita experiência nesta matéria (Immuni é o nome da app italiana), escreveu Luis Aguiar-Conraria ontem no Expresso, "96% do que deve fazer não faz e 99.85% do que faz é inútil" .

Quando Michael Schumacher se retirou da Fórmula 1 (final da temporada de 2012) com o número espantoso de 91 vitórias em Grandes Prémios, muita gente pensou (eu incluído) que aí estava um recorde que iria resistir muitos e bons anos. Pois bem, Lewis Hamilton, oito anos depois, no passado fim de semana, igualou a proeza do ex-piloto alemão. E pelo andar da carruagem arrisca-se no final do próximo grande Prémio, Portugal, a tornar-se no piloto de Fórmula 1 com maior número de vitórias de sempre na disciplina máxima do desporto motorizado. Haverá algum limite para este prodígio?

  E se o (alegado) contágio e rápida recuperação do Presidente norte-americano pelo COVID-19 não passar de (mais uma) mentira, uma manobra desesperada de quem está a ver o chão a fugir-lhe debaixo dos pés? O candidato democrata não parece ser grande coisa, mas, ainda assim, lidera nas sondagens. Mas como todos sabemos, as sondagens valem o que valem. Nas últimas eleições Hillary Clinton passou de vencedora (quase) anunciada a... nada!

A minha filha casou há algum tempo. Correu tudo muito bem, sem problemas de COVID ou de qualquer outra natureza, Dra Graça Freitas. Já passou mais de um mês e nenhum dos presentes manifestou qualquer sintoma de COVID (já agora, Dra, não há ninguém que explique aos mais velhos, em lares e centros de dia, que fazer festas e convívios está a ter um custo muito elevado, principalmente entre eles?) Para a ocasião, resolvi preparar uma pequena "surpresa" para os noivos e convidados, o vídeo que hoje publico. PS-Quem esteve no casamento, certamente, notará que o vídeo é diferente. É verdade, ligeiramente diferente, contudo a cena e as legendas são exactamente as mesmas. 

 

  E quem lhe vai pedir, a ele, responsabilidades pela gestão da pandemia nos Estados Unidos? Mais de duzentos mil mortos é obra! Os eleitores norte-americanos no próximo acto eleitoral?

Christian Tybring-Gjedde, do Partido do Progresso norueguês, de tendência conservadora, mas considerado de extrema-direita pelos seus opositores, indicou Donald Trump para o Prémio Nobel da Paz 2021, pelos esforços desenvolvidos para resolver conflitos em todo o mundo. Se é anedota, devo dizer, tem muito pouca (ou mesmo nenhuma) piada. Se há pessoa (com influência) no planeta que ande, constantemente, a atear fogo um por todo o lado (Estados Unidos incluídos), essa pessoa tem sido, precisamente, o Presidente norte-americano.

Encontrar um bom amigo é difícil, dizer-lhe adeus ainda é mais.

Desvalorizar ameaças racistas nos tempos que correm, não fica bem a ninguém. A um deputado da Nação, muito menos. Basta estar minimamente atento ao que se passa no mundo, para se perceber que a crescente onda de mensagens racistas e xenófobas é motivo para preocupação. Mesmo em Portugal, ainda que esse tipo de manifestações seja residual.

Trump no Monte Rushmore? Porque não? Até teria a sua piada, colocar ao lado das caras de quatro dos mais  prestigiados  Presidentes  norte-americanos,  George Washington, Thomas Jefferson,  Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln, a cara do Presidente mais "bronco" de sempre.

Mário Centeno inicia hoje funções no Banco de Portugal (como Governador, entenda-se, que funcionário já ele era). Chegou a parecer tremido, mas, havendo vontade, tudo se resolve. Segundo palavras do próprio (com eco do Primeiro-Ministro), não se trata de uma fuga às dificuldades que já atravessamos, mas sim a um natural fim de ciclo. Só não se percebe é de quê. Quando Centeno abandonou a pasta das Finanças, a legislatura ainda ia no princípio, o Orçamento Suplementar (elaborado por ele) ainda não tinha sido discutido nem aprovado na Assembleia da República e os milhões de euros do Fundo de Reestruturação Europeu continuam em discussão. Portanto, fim de ciclo de quê? Navegação em águas tranquilas, agora que atravessamos mar revolto?

O FC Porto sagrou-se campeão nacional esta época. Uma reviravolta que poucos esperariam, tal o atraso  que chegou a ter face ao Benfica. Mas uma coisa os responsáveis do Porto não poderão esquecer. Ou reforçam a equipa para a próxima época, ou a vida afigura-se extremamente complicada para Sérgio Conceição. O Benfica não costuma não costuma dar muitas "borlas" como a que ofereceu este ano ao eterno rival.

Fim de ciclo? Desde quando é que, escassos meses após o início da legislatura, a meio da aprovação de um Orçamento Rectificativo e a meio do processo de negociação dos milhões do Fundo de Reconstrução Europeu, corresponde a um fim de ciclo? Só contaram para você!

Agora que tudo se encaminhava, sobre rodas, para um "desfecho" feliz (incluindo a passagem de informação privilegiada pelo actual Governador do BdP), eis que os deputados do Parlamento português, aprovaram uma lei que obriga os ex-governantes a um período de nojo de cinco anos antes de poderem assumir cargos no Banco de Portugal. Grande galo!

"A estupidez é infinitamente mais fascinante do que a inteligência. A inteligência tem limites, a estupidez não" (Claude Chabrol). A citação assenta, que nem uma luva, à gestão dos dois da pandemia COVID-19 nos respectivos países. A culpa é de tudo e de todos (incluindo a OMS), menos da sua governação (por acção e por omissão). Se o ridículo matasse, há muito haveria mais dois túmulos em dois cemitérios do mundo.

A DC Comics resolveu acrescentar mais um super-herói à sua (já) vasta galeria de super-heróis. Trata-se do Stupidman (apesar do símbolo e do fato serem iguais, não confundir Stupidman com Superman. Estará a DC Comics com falta de "massa cinzenta" ? Afinal de contas, os EUA são o país com maior número de infectados e de mortos provocados pelo coronavírus, respectivamente, mais de 1 milhão e mais de 100.000), cujo super-poder é falar quando deveria ficar calado e ficar calado quando deveria falar. Para além disso, sempre que abre a boca, entra mosca ou sai asneira.

Acusado, julgado, condenado e cruxificado na opinião pública no caso da invasão de Alcochete (inclusive neste blogue, mea culpa ), Bruno de Carvalho foi absolvido de todos os crimes de que era acusado. O que se vai seguir é uma incógnita, mas, partindo do princípio que a decisão do Tribunal de Monsanto não sofrerá alterações, muito provavelmente, Bruno de Carvalho procurará reverter a decisão da sua expulsão de sócio do Sporting e ainda o iremos ver como candidato a Presidente em futuras eleições.

A menos que o objectivo do Governo sueco fosse acabar com "os idosos e os doentes" , a abordagem sueca à pandemia COVID-19 será tudo menos um exemplo a seguir. Recordando, a abordagem sueca da pandemia foi muito "descontraída" (ou irresponsável, nas palavras de alguns especialistas suecos). Nada de confinamento, permaneceu quase tudo aberto e foi deixado ao livre arbítrio dos suecos a forma de se proteger. O objectivo era atingir, rapidamente a imunidade de grupo, preparando a nação para a eventualidade de uma segunda vaga. Os resultados estão à vista. A Suécia é o oitavo país com maior número de mortos por milhão de habitantes e a imunidade de grupo não passa de uma miragem. A percentagem de indivíduos imunes é muito semelhante à dos outros países. Em termos económicos, o panorama também não é nada favorável. Apesar de ter mantido quase tudo aberto, os números da recessão não andarão longe dos outros países, com muitas falências e desemprego em alta.

Parece ter havido uma falha de comunicação com o "chefe" (estaria um em Lisboa e o outro em Bruxelas?), mas, mesmo assim, o dinheiro (o nosso dinheiro) seguiu alegremente para o Novo Banco.

Duas notícias a propósito da pandemia que assola o planeta, uma má e outra boa. Começando pela primeira, não é expectável uma vacina nos meses mais próximos. A boa notícia é que o coronavírus vai "desaparecer sem uma vacina" . Garantia Trump!

Toy Story, da Disney-Pixar, viu estrear mais um filme, Toy Story 5. Sinopse: António Costa, Primeiro-Ministro de Portugal, desconhecia que Mário Centeno, Ministro das Finanças igualmente de Portugal, injectou mais mil milhões de euros no Novo Banco.

Beber lixívia e apanhar uma insolação, eis a "receita" de Trump para combater o COVID-19. Porque é que ele não experimenta a sua descoberta milagrosa? Dessa forma, os americanos livravam-se de um idiota e o mundo de um lunático perigoso.

Encontrar um bom amigo é difícil, dizer-lhe adeus ainda é mais.

Se no início de Março, a cara de António Salvador, Presidente do Braga, era a imagem da felicidade após a venda (milionária) de Rúben Amorim ao Sporting (10 milhões de euros), hoje sê-lo-à, porventura, ainda mais. O Sporting não pagou a primeira prestação e, nos termos do contrato, incorre numa multa de 10% sobre o montante da venda. Na altura da contratação, Frederico Varandas, para calar as (muitas) críticas disse: "O que é barato sai caro. E o que é caro pode sair barato" . O homem estava cheio de razão. Se o Sporting continuar a não pagar, a contratação de Amorim até foi bem barata no imediato. Mas alguém, o actual ou qualquer outro Presidente do Sporting, terá de pagar e, nessa altura, o que foi caro, poderá tornar-se proibitivo.

O estratagema é tão velho, que até custa acreditar que ainda haja gente que caia na esparrela: arranjar um inimigo externo para desviar a atenção dos problemas internos. A última do campónio norte-americano, digno sucessor de outros idiotas que conseguiram ascender ao mais alto cargo da Nação através de eleições livres e democráticas (Reagan, Bush filho...), foi cortar o financiamento dos Estados Unidos à Organização Mundial da Saúde, com o argumento de má gestão e favorecimento da China no caso da actual pandemia que fustiga o planeta. As línguas, todas elas, são reportórios riquíssimos de vocabulário, mas nenhuma possui uma palavra suficientemente eloquente para qualificar uma tal atitude.

A Holanda, mesmo hoje, não passa de um país de piratas, atraindo para o seu território as sedes das multinacionais a troco de impostos bem mais baixos do que pagariam em qualquer outro país. Dito por outras palavras, continuam a viver à custa do que "roubam" aos outros países. Enquanto a esmagadora maioria dos países está disposta a flexibilizar ao máximo as condições de acesso às linhas de crédito do fundo de resgate da Zona Euro, garantido que a austeridade não seria a moeda de troca, Haia continua a insistir que algum tipo de condição deve haver e que tem de ficar claro que os países que recorrerem a estes empréstimos, no futuro, devem tomar medidas para voltar ao caminho da sustentabilidade. A recessão, ao virar da esquina, será bem mais dolorosa do que a de 2008 e não é motivada por endividamento excessivo de qualquer país. Ao bloquear, sistematicamente, uma resposta europeia à crise que já se vive, a Holanda parece querer ficar para a História como o "coveiro&q

A 22 de Janeiro, numa entrevista à CNBC, Trump, questionado sobre se o coronavírus fazia temer uma pandemia à escala global, afirmou com todas as letras: "Não, de todo. E temos a situação completamente sob controlo. Trata-se de um caso, de uma pessoa que veio da China, está tudo sob controlo. Não vamos ter problemas" . Hoje, sendo os Estados Unidos o país do mundo com maior número de infectados, com milhares de mortos já registados e estimativas de que esse número poderá chegar aos 200.000, Trump decidiu, finalmente, alinhar o seu discurso pela ciência e adoptar medidas, sérias, mas, provavelmente, ainda insuficientes, para a contenção da pandemia em solo norte-americano.

Nestes tempos conturbados, graças a Deus, ainda há gente com bom senso e que continua a lutar pelo bem comum. O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, tem apelado para os brasileiros continuarem as suas actividades diárias e ignorarem os avisos da OMS e as quarentenas decretadas por alguns estados brasileiros (campanha O Brasil não pode parar ). A juíza Laura Carvalho, do Tribunal Federal do Rio de Janeiro, estipulou uma multa de 17.866 euros por cada vez que o vídeo torne a ser exibido nas televisões ou quaisquer outras plataformas de comunicação. A sentença judicial inibe ainda o governo federal de adoptar "qualquer outra (campanha) que sugira à população brasileira comportamentos que não estejam estritamente assentes em directrizes técnicas, emitidas pelo Ministério da Saúde, com fundamento em documentos públicos, de entidades científicas de notório reconhecimento no campo da epidemiologia e da saúde pública" .

Depois da Itália, eis que a Espanha também ultrapassou o número de mortes da China por infecção do coronavírus, 3.434 mortos (números da passada quarta-feira). Os casos diagnosticadas também não param de subir com o número de infectados a crescer aos milhares todos os dias.

Como segundo Bolsonaro, o que se tem visto no mundo é que o grupo de risco da actual pandemia é o grupo de pessoas acima de 60 anos, o Presidente (palhaço) brasileiro pede às autoridades estaduais e municipais que ponham fim ao "confinamento em massa" porque a vida "tem de continuar" e a situação "passará em breve" . O que será necessário para Bolsonaro perceber a gravidade da situação? Uma escalada sem limites nem travão da pandemia entre o povo brasileiro?

Haverá, desta vez, "abertura" de Berlim para obrigações europeias para mutualização de parte da dívida dos Estados-Membros da União? A crise actual é séria e a economia alemã corre o risco de uma recessão de 5% este ano (nas previsões do próprio Governo alemão). Sobre as obrigações europeias ( eurobonds ), recorde-se que, em 2012, ficou célebre a resposta de Merkel à questão: não enquanto fosse viva. Bem, à hora que escrevo, tanto quanto sei, apesar de estar em quarentena em casa por causa do coronavírus, Angela Merkel continua viva. Nem mesmo assim, provavelmente, terá mudado de opinião, mas... alguma coisa terá de ser feita. Se os mercados de exportação da Alemanha afundarem, inevitavelmente, arrastarão a economia alemã com eles. PS-Como já era (mais ou menos) esperado, a questão das obrigações europeias não passou de uma mera nota de rodapé na última reunião do Eurogrupo. Talvez (quando e se) a crise se agravar, por outras palavras, quando a Alemanha estiver com a co

Se tudo continuar como até aqui, a actual pandemia bem poderá representar o fim da União Europeia. As actuais circunstâncias exigem, como em nenhum outro momento da História, uma estreita e efectiva solidariedade entre os Estados mais ricos e os outros. Esquecer, ainda que apenas durante esta crise, os limites ao deficit e injectar dinheiro a rodos na economia para minorar a inevitável recessão que nos espera. Talvez até obrigações europeias para mutualização da dívida da zona euro (o pior pesadelo dos alemães). Quanto ao BCE, que apenas controla a zona euro, o primeiro grande teste à liderança de Christine Lagarde, o mínimo que se pode dizer, é que deu um tiro no pé. Ainda procurou emendar a mão, mas a mensagem já tinha passado. E como se costuma dizer, "não há segundas oportunidades para causar uma primeira boa impressão" .