Questões de semântica


O Programa de Estabilidade (PE) prevê que Portugal chegue ao fim do ano com o défice nos 2,2 por cento. Para 2017, é pretendido um défice de 1,4 por cento, representando uma redução de 1.400 milhões de euros face a 2016. Com estes dados em cima da mesa, recentemente, um jornal diário noticiou que o governo português enviou para Bruxelas o PE acompanhado de alguns anexos secretos, os quais detalhariam as medidas necessárias (reduções de gastos na Saúde e na Educação) para o cumprimento do défice em 2017. Obviamente, o governo desmentiu categoricamente tal envio e continua a afirmar que não há nenhum plano B, ou melhor, que o plano B é executar o plano A com muito rigor. Ao mesmo tempo reconhece que “O Governo está preparado para um plano de contingência que está obviamente estudado e analisado. Não é algo que se anuncie ou pré-anuncie” (Mário Centeno em entrevista recente à RTP). Em suma, de momento, tudo gira em torno de questões de semântica. Contudo, o tira-teimas está a poucos meses de acontecer: Trata-se da proposta de orçamento para o ano de 2017, isto caso não haja necessidade de orçamento rectificativo entretanto.

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