As contas fazem-se no fim


Maria Luís Albuquerque e Pedro Passos Coelho, perante a hipótese de a Comissão Europeia (CE) vir a sancionar Portugal pelo facto de o défice em 2015 ter ficado acima do previsto, decidiram agir e pediram à CE que não o fizesse, alegando que o não cumprimento da meta se deveu a circunstâncias extraordinárias do sector financeiro, nomeadamente, a resolução do Banif. Mas, em simultâneo, procuraram virar o bico ao prego. Como? Alegando que, caso a CE, esteja a equacionar sancionar Portugal por não acreditar nas contas apresentadas pelo actual governo, a responsabilidade já não seria deles. Se for este o caso, o que o governo tem de dizer a Bruxelas é que as contas fazem-se no fim. O défice de 2015 é um facto, as desconfianças em relação a 2016 não passam disso mesmo. Apesar de António Costa continuar a afirmar que não há necessidade de medidas adicionais, o governo português já garantiu que em caso de necessidade já há um plano C (C de contingência, já que a letra B não faz parte do vocabulário do governo) estudado e pronto a ser implementado.

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