Presidente Sol
A pretexto da luta contra o terrorismo, a Turquia referendou a Constituição, com uma proposta que concentra em Erdogan o poder absoluto. Extinção da figura de Primeiro-Ministro, fim da separação de poderes, Parlamento com funções meramente decorativas e perpetuação de Erdogan no poder (virtualmente, pelo menos, até 2029), eis o que estava em jogo. E os turcos concordaram (há acusações de fraude eleitoral a favor do sim, mas o assunto terá ficado encerrado). Próximo passo, introdução da pena de morte. Se a Turquia, desde há muito candidata a integrar a União Europeia, já não satisfazia os critérios para pedir a adesão (daí estar numa espécie de limbo no que concerne a adesão à UE), com as alterações agora referendadas terá ficado bastante mais longe desse objectivo.
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