A montanha pariu um rato

O documento sobre a reestruturação da dívida portuguesa foi apresentado. E a sua leitura constitui uma enorme desilusão pela falta de arrojo das propostas nele contidas. As poupanças estimadas são baixas e não resolvem o problema de fundo. A hemorragia de recursos para o exterior continua, comprometendo o investimento e o desenvolvimento económico e social do país, bem como a própria sustentabilidade da dívida (segundo o Banco de Portugal, a dívida pública portuguesa aumentou, em Fevereiro, para 243.490 milhões de euros, mais 643 milhões face ao mês anterior e mais 11.956 milhões de euros face ao mês homólogo do ano anterior). O Presidente da República tem chamado a atenção para a necessidade de aumento dos níveis de investimento. Como? Não há dinheiro suficiente. Enquanto a prioridade continuar a ser o pagamento dos encargos da dívida, fingindo que a situação é sustentável, e sacrificando o investimento, esse sim gerador de riqueza, Portugal está condenado a uma vida de miséria.

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