segundofolego

    Não será o final de carreira de sonho de Cristiano Ronaldo, mas a conta bancária agradece (os valores não são oficiais, mas a imprensa saudita fala de um contrato de dois anos e meio, com o português a receber qualquer coisa como 200 milhões de euros por época, valor que engloba não só o vencimento, mas também compromissos comerciais). Está confirmado, Ronaldo vai jogar no Al-Nassr (Arábia Saudita) nas próximas épocas.

  Marcelo Rebelo de Sousa, mesmo após ter assumido o cargo de Presidente da República Portuguesa, nunca "esqueceu" o seu anterior papel de comentador político. Daí, por vezes, questionado pelos jornalistas, tecer comentários pouco adequados ao cargo institucional que ocupa. 2022 não foi exceção, mas foram tantas as declarações (infelizes) de Marcelo que os jornalistas da revista Time não tiveram dúvidas em o eleger (não propriamente pelos melhores motivos) personagem do ano. Para memória futura, dois dos mais paradigmáticos exemplos de declarações que "caíram" especialmente mal: "400 casos de abusos na Igreja Católica [portuguesa]? Não me parece um número particularmente elevado", "Catar não respeita os direitos humanos. Mas, enfim, esqueçamos isso".

  A equipa governativa de António Costa parece um Governo em fim de ciclo. As polémicas e as saídas sucedem-se a um ritmo inimaginável para um Governo apenas com alguns meses de existência. A última foi a Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e da Habitação, que não "resistiu" à polémica Alexandra Reis/TAP. Para uma pessoa como Pedro Nuno Santos, apresentar demissão por causa da referida polémica parece muito pouco. Basta recordar o episódio do anúncio da futura localização do aeroporto de Lisboa e o triste "mea culpa" de Pedro Nuno Santos para manter o lugar, o que nos leva à seguinte interrogação: A polémica não terá sido um pretexto para Pedro Nuno Santos sair do Governo (sem ondas) para melhor preparar a sua candidatura à sucessão a António Costa? A ambição é velha, pública e notória. Pedro Nuno Santos nunca escondeu a vontade de assumir a liderança do PS e, consequentemente, posicionar-se para uma eventual chefia do Governo em futuras legislativas. L...

    Quer sejas um habitual ou tenhas vindo parar aqui por acaso, festas felizes para ti, para a tua família e amigos.

  Onze contra onze e no final... ganhou a Argentina.

  Pelo seu pé ou "empurrado", Fernando Santos deixou, com efeitos imediatos, o comando da seleção portuguesa de futebol. Quem se seguirá? Não falta quem aponte José Mourinho, treinador do Roma, como o senhor que se segue... "Quando se lideram grupos tem-se que tomar decisões difíceis, é normal, nem todos ficam contentes com as escolhas que fiz. Mas as que tomei foi sempre a pensar no melhor para a seleção (Fernando Santos)." Em quem estaria Fernando Santos a pensar? Fernando Gomes? Cristiano Ronaldo?

  António Costa anunciou novo apoio extraordinário de 240 euros, a ser pago até ao final, às famílias mais carenciadas, isto é, as que já tinham sido abrangidas pelo apoio de 60 euros ao cabaz alimentar. Um verdadeiro mãos largas!

  Olá Fernando, boa noite, o aviso estava feito. No deserto, nada mais normal do que andar às voltas sem sair do sítio, que foi o que vimos, muita posse de bola, muitos passes laterais, pouca objectividade na procura da baliza adversária. Mérito da equipa marroquina que, diga-se em abono da verdade, já tinha mandado a Espanha para casa. Portugal sabia (ou deveria saber) o que iria ter pela frente.

  Olá Fernando, bom dia, ultrapassados os Alpes suiços, temos pela frente o deserto marroquino, o que não é menos difícil. Sem referências, no deserto, é muito fácil andar às voltas sem chegar a lado nenhum, um mar de areia, idêntico, para onde quer que se olhe, com dunas até perder de vista. Portanto, muita atenção à navegação (leia-se, condução da equipa) para não andarmos às voltas sem chegar a lado nenhum (leia-se, marcar presença nas meias finais). PS-Esperamos, nós, portugueses, que os nossos rapazes não tenham esgotado a "artilharia" contra a Suiça.

 

  Aos 37 anos de idade, Cristiano Ronaldo (aparentemente) mantém a vontade de sempre, mas o corpo já não ajuda. Mas isso, segundo o jornal desportivo espanhol a "Marca" não parece constituir nenhum obstáculo para o A-Nassr, clube da Arábia Saudita. De acordo com o referido jornal, Cristiano Ronaldo irá ingressar no referido clube a partir de 1 de Janeiro de 2023 por 200 milhões de euros/temporada, um valor absolutamente novo no futebol mundial (a título de comparação, Messi e Neymar, ambos do PSG, recebem, respetivamente, 75 e 70 milhões de euros). Cristiano Ronaldo, mesmo não sendo a "fera" que já foi, continua um "matador"... pelo menos ao nível dos proveitos!

  Olá Fernando (e companhia), bom dia. Mais um dia de fogo para a seleção nacional. Tarefa para hoje, escalar (vitoriosamente) os Alpes suiços. Esperamos, nada mais, nada menos, do que uma vitória rumo aos quartos de final. Estejam os nossos rapazes focados e não facilitem, mesmo que o jogo pareça estar decidido a nosso favor.

  Olá Fernando e companhia, bom dia. Como dizem os ingleses, "so far so good". Ainda que os resultados possam ser melhores do que as exibições, como alguém disse um dia, "temos de deixar de ser os melhores para passarmos a ser os primeiros". E é o que está a acontecer. Dois jogos, duas vitórias e passagem assegurada.

  Terminada a relação contratual com o Manchester United, perante a incógnita relativa ao futuro de Cristiano Ronaldo, perguntamos aos nossos leitores qual acham que será o próximo passo na vida dele. Resultados na imagem acima.

  É oficial, Cristiano Ronaldo e Manchester United colocaram ponto final à relação contratual que os unia por mútuo acordo e com efeitos imediatos. Dito isto, a grande pergunta que se coloca sobre o futuro de Ronaldo é: E agora, Ronaldo, depois do Mundial, qual o destino que pretendes dar à tua vida? Continuar a carreira? Mas onde? Os clubes que te poderiam interessar, tanto quanto se saiba, não estão interessados. Arrumar as botas e dedicares-te à família? Seguramente, isso deixar-te-ia um sabor amargo na boca, pois seria um fim de carreira que nunca imaginaste, nem nos teus piores pesadelos. Sporting? Já aqui escrevi, mesmo a custo zero, não me parece que a folha salarial do clube leonino possa comportar um jogador como tu. Nunca voltes ao lugar Onde já foste feliz Por muito que o coração diga Não faças o que ele diz. (...) Nada do que por lá vires Será como no passado Não queiras reacender Um lume já apagado. (Carlos Tê)

O Catar, reconhecendo algum mérito às críticas de que tem sido alvo, transitoriamente, durante a realização do Campeonato do Mundo de Futebol, resolveu alterar a sua bandeira. Para além de recentrar os atletas naquilo que se espera deles, jogar futebol, e evitar que os direitos humanos (também) "entrem" no relvado, com este gesto pretende oferecer algum "conforto" às primeiras figuras de Estado de muitos países que se aprestam a deslocar-se ao Catar para apoiar as respetivas seleções. Assim esses altos dignatários poderão dormir mais descansados, não os obrigando a grandes "malabarismos" para justificar a deslocação a um país que não respeita os direitos humanos.

  A entrevista dada por Ronaldo a Piers Morgan, se dúvidas houvesse, encarregou-se de as esclarecer. Ronaldo não quer continuar como jogador do Manchester United, caso contrário não criticaria jogadores, clube, treinador e donos. Mas também não se percebe para onde poderá rumar o jogador português, caso pretenda continuar a sua carreira como futebolista profissional. Os clubes que o poderiam interessar não mostram interesse na sua contratação. Sendo assim, a entrevista foi um tiro no pé? Se Portugal ganhasse o Campeonato do Mundo, o "timing" de Ronaldo não poderia ser mais assertivo, despedir-se do futebol com uma vitória na mais importante competição de futebol entre nações, o que, não sendo impossível, afigura-se de (muito) difícil concretização. Ou então, a "jogada" de Ronaldo é muito mais simples e não envolve quaisquer "se": forçar o clube inglês ao seu despedimento para arrumar as botas e dedicar-se, por exemplo, à família. Entretanto, o Manchester U...

  Não tenho nada contra a escrita de livros de memórias, mas, senhor ex-Governador do Banco de Portugal, no seu livro esqueceu-se de responder à pergunta que realmente interessa: Como é que o Novo Banco, criado a partir da resolução do BES, que, supostamente, incorporaria, unicamente, os activos não tóxicos do BES, para o qual não iriam faltar compradores e que não iria custar um cêntimo aos contribuintes portugueses, oito anos depois, já custou 8.3 mil milhões de euros?

  "O Qatar não respeita os direitos humanos. Toda a construção dos estádios e tal..., mas, enfim, esqueçamos isto. É criticável, mas concentremo-nos na equipa". Sendo assim, senhor Presidente, porquê a viagem ao Catar? Para se sentar num estádio que não é mais do que um imenso cemitério? Mesmo sendo verdade que o que não tem remédio remediado está, se assim pensa, não seria mais coerente não fazer a viagem? Fernando Santos, e a restante comitiva portuguesa, certamente que compreenderiam! PS-O mesmo se diga do Primeiro-Ministro e do Presidente da Assembleia da República, que se irão alternar nos três primeiros jogos de Portugal.

  Olá Fernando, boa noite. Viajamos para o Catar de "barriga cheia". Os quatro golos sem resposta contra a Nigéria, certamente, que ajudarão a criar um ambiente de trabalho produtivo, sem embandeirar em arco, no seio da nossa seleção. Ainda que o céu seja o limite, pedir (exigir) uma vitória no Campeonato do Mundo de Futebol, é, no mínimo, irrealista. Presença digna, entrega total em campo, isso sim, esperamos dos nossos jogadores. Assim, se perdermos, que seja porque o adversário foi mais forte. Outra coisa, Fernando. Na minha opinião, que vale o que vale, o Fernando, por vezes, demora demasiado tempo a fazer substituições durante os jogos. Reveja, por favor, essas situações e agilize as substituições sempre que se revelem necessárias. Por último, eu sei que é um homem leal a quem o ajuda, mas os cemitérios estão cheios de insubstituíveis. Por mais sonante que seja o nome de um jogador, se ele não estiver nas melhores condições, e houver um outro em melhor forma para o lugar...

  Uma das características dos Governos de António Costa é o anúncio de medidas de apoio (famílias e empresas) de milhões de euros, medidas essas que não passam de marketing político, ficando-se pelo papel, ou, caso sejam implementadas, estão de tal modo burocratizadas que facilmente desencorajam quem a elas pode recorrer. Vem isto a propósito da auditoria do Tribunal de Contas à eficácia das medidas tomadas em reacção ao impacto adverso da pandemia Covid-19 na economia em 2020. Das 24 medidas extraordinárias, 15 não tiveram execução financeira. Para além disso, apenas 7 medidas tiveram meta definida e apenas 1 a atingiu, ficando por executar 1.8 mil milhões de euros.

  Donald Trump, talvez para "secar" candidaturas no seio do Partido Republicano, anunciou que será candidato às Presidenciais norte-americanas de 2024. Ron DeSantis (Governador da Flórida) ou Mike Pence (ex-Vice-Presidente norte-americano), outrora aliados de Trump, agora de costas voltadas para o ex-Presidente norte-americano, estão a assumir protagonismo num momento em que, dentro do Partido Republicano, crescem sinais de relutância relativamente a uma nova corrida eleitoral de Trump.

  Há cerca de dpois meses, o Governo apresentou, com pompa e circunstãncia, um pacote de 1.400 milhões de euros para apoio às empresas, mas algumas das principais medidas ainda não passaram do papel. É o caso da linha de crédito de 600 milhões de euros para as empresas de todos os sectores afectadas pelos altos preços da energia e das matérias-primas e pela disrupção das cadeias de abastecimento. Pergunta: O Governo está á espera de quê? Que as empresas fechem portas por falta de liquidez? Se for o caso, já se adivinha o desfecho: O Governo disponibilizou os apoios, as empresas é que não os aproveitaram!

  Segundo os meios de comunicação social, Eduardo Cabrita, ex-Ministro da Administração Interna dos XXI e XXII Governos Constitucionais, terá chumbado na candidatura à liderança da FRONTEX (Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira). Ao que parece, a diplomacia portuguesa não se terá empenhado na defesa da sua candidatura. Pudera! Basta pensar-se no seu desempenho enquanto Ministro de Portugal.

 Parece não haver forma de o Governo escapar a polémicas. Miguel Alves, Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, enquanto autarca em Caminha, adiantou 300 000 euros pelo Centro de Exposições de Caminha com base em "documentos que evidenciavam trabalho noutros concelhos". O problema é que, segundo investigações da imprensa, os projectos nos outros concelhos não passaram do papel, ou nem a isso chegaram. Escusado será dizer que o dito Centro de Exposições não existe. Mas nem tudo são más notícias. Apenas um exemplo, a Câmara de Caminha tem 0 (zero) euros com despesas de manutenção do Centro! Mariana Vieira da Silva, Ministra da Presidência e estrela em ascensão no PS, contratou (3.732,72 euros brutos mensais), um adjunto, indivíduo filiado na Juventude Socialista, recém-licenciado de 21 anos, sem nenhuma experiência de trabalho e acabado de ingressar num mestrado na Universidade de Lisboa. Eu não conheço a pessoa em causa, mas das duas uma: ou o dito cujo é um indivíd...

  O Presidente da República avisou a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que estará “muito atento” e não lhe perdoará, caso descubra que a taxa de execução dos fundos europeus não é aquela que pensa que deve ser. A ameaça, feita na presença da Ministra, arrancou desta um sorriso amarelo e pensamentos, muito provavelmente, do tipo "Estavas tão bem calado! Ultimamente, quando abres a boca, entra mosca ou sai asneira". Entretanto António Costa, saindo em defesa da sua Ministra, qualificou as palavras do Presidente como "um momento de grande criatividade".

  Mais de 250 dias depois, a situação na Ucrânia ameaça arrastar-se sem fim à vista. Alguém terá aconselhado mal Vladimir Putin, sobrevalorizando a supremacia russa, alguém esse que, provavelmente, estará num gulag a tentar perceber qual terá sido o erro de cálculo. Por entre avanços e recuos, as tropas russas, segundo alguma imprensa, estarão descontentes pela incompetência das chefias. E, ao contrário do que a História nos conta, desta vez, o General Inverno poderá não ser um aliado russo. Se a Rússia já por diversas vezes mostrou fragilidades na cadeia de abastecimento das suas tropas na Ucrânia, com a chegada do Inverno tudo se tornará mais difícil. E a História já regista, pelo menos, uma situação destas. Em 1939, os finlandeses resistiram a uma invasão soviética em larga escala, apesar de, em teoria, serem o elo mais fraco.

  Dezoito anos depois de Jerónimo de Sousa ter assumido o cargo de Secretário-Geral do PCP, o camarada Cassete Jerónimo vai deixar o cargo, mantendo-se, unicamente, como membro do Comité Central do PCP. A idade, 75 anos, (e a saúde) não perdoam e esta substituição já se adivinhava. Há 18 anos quando Jerónimo de Sousa assumiu o cargo, não faltou quem o apelidasse de coveiro do PCP. Pois bem, não só não o foi, como contrariou, bastante bem, a erosão do eleitorado comunista. Pelo menos até aos tempos da "geringonça" e aos actos eleitorais posteriores.

  No campeonato nacional, são 6 pontos de vantagem para o segundo classificado, ainda sem derrotas, e ainda estamos no início de Novembro. Na Liga dos Capeões, uma campanha de sonho culminada com o primeiro lugar no grupo (PSG, Juventus e Maccabi Haifa. Com excepção do clube israelita, adivinhava-se uma luta renhida a três pelos dois lugares nos oitavos de final. Qual quê? Contra a Juventus, duas vitórias categóricas. Nos jogos contra o PSG, nem a constelação de estrelas do clube francês (Messi, Neymar, Mbappé) teve artes para desfeitear o Benfica.). Tanto interna como externamente, as goleadas sucedem-se. Este ano, o Benfica de Roger Schmidt tem-se mostrado intratável (e imparável).

  Abel Ferreira, português, treinador do Palmeiras, sagrou-se esta semana campeão brasileiro de futebol, sexto título em dois anos ao serviço do clube brasileiro: Taça dos Libertadores (2020 e 2021), Taça do Brasil (2020), Recopa Sudamericana (2022) e Campeonato Paulista (2022). Não admira que o seu nome esteja a ser seriamente considerado para próximo selecionador canarinho! "O Abel é a ficha número 1. Só não será selecionador do Brasil se não quiser." (Argel, antigo jogador brasileiro do Benfica e FC Porto).

  Portugal é um Estado de Direito e António Costa, Primeiro-Ministro, faz questão de cumprir, religiosamente, tudo quanto promete. Como a Autoridade Tributária não conseguiu fazer a transferência dos 125 euros a cerca de 120 000 famílias por IBAN inválido, António Costa não esteve com meias medidas e ordenou ao Ministério das Finanças que passasse um cheque a cada uma dessas famílias. Quem disse mal da sua vida foi Fernando Medina, Ministro das Finanças, que terá desabafado: "Nunca mais quero ver cheques à minha frente!". PS-A data vai omissa porque, como facilmente se entende, assinar 120 000 cheques demora o seu tempo, tempo esse nem sempre disponível, tendo em conta a preenchida agenda do Ministro das Finanças.

  Chegou a secretário-geral do PS em 2014, depois de contestar a liderança de António José Seguro por, supostamente, ter ganho as eleições europeias desse ano por "poucochinho". Logo de seguida, em 2015, perde as legislativas para Passos Coelho, apesar dos anos de chumbo da "troika". Sobrevive, politicamente, graças aos acordos celebrados com o Bloco de Esquerda e com a CDU. Desde então, tem enchido a boca com o "fim da austeridade", apesar da carga fiscal que incide sobre os portugueses não ter parado de crescer. Nas autárquicas de 2021, aproveitou o PRR para fazer campanha pelo PS, passando a ideia de que PRR e PS eram sinónimos. Finalmente, em 2022, desencadeando, artificialmente, uma crise política, chega à maioria absoluta. Sete anos de governação socialista depois, com orçamentos de austeridade encapotada, carga fiscal sem paralelo, sem qualquer reforma que torne Portugal mais próspero, sempre que algo corre mal, a culpa continua a ser de Passos Coel...

  De cima para baixo, da esquerda para a direita: Rex (2001-2012), Júnior (2004-2013) e Faísca (2003-2017). Três dos meus melhores amigos, companheirismo e lealdade em absoluto, infelizmente já desaparecidos... mas não esquecidos!

  À hora que escrevo, 13:40 horas, Bolsonaro, inacessível, ainda não se pronunciou sobre os resultados das eleições. Será que, seguindo o péssimo exemplo de Trump, Bolsonaro está a preparar-se para não reconhecer o resultado? Entretanto, o "carnaval" está começar. Como o ainda Presidente não fez nenhum comentário nem felicitou Lula da Silva (mesmo após o Supremo Tribunal Eleitoral já ter dado como oficial a vitória de Lula), já há relatos de bloqueios de estradas feitos por camionistas e preparação de manifestações de vários grupos de apoiantes de Bolsonaro no Whatsapp.

  Um pouco por todo o mundo, temos assistido, nos últimos anos, a falhanços rotundos das sondagens e a eleição do Presidente do Brasil tinha tudo para poder ser mais um caso desses. Dito isto, continuo a ser um crente e, apesar de algumas decepções passadas, vou arriscar (mais uma vez). PS-Publicação escrita e carregada no blogue no passado dia 19 de Outubro.

  Mais logo, quando fecharem as urnas no Brasil, qual dos dois emergirá como Presidente do Brasil? A incerteza é grande e as sondagens não são o Oráculo de Delfos.

  Numa conferência de imprensa após o último debate com Lula da Silva para as presidenciais de domingo, Jair Bolsonaro disse não perceber a pergunta feita por um jornalista português, por “não falar espanhol nem portunhol” . Bem, no que toca ao espanhol, apesar da grande semelhança admito que o Presidente brasileiro não se sinta completamente à vontade. Quanto ao "portunhol", já não percebo o desafabo de Bolsonaro. Se há país onde se fale "portunhol", esse país é o Brasil onde, apesar da língua oficial ser o português, nunca se falou (ou escreveu) em português.

  Ainda alguém se lembra de há alguns (poucos) meses o Primeiro-Ministro ter vindo á televisão explicar, com ar catedrático, que a inflação (alta) era um fenómeno passageiro e que aumentos intercalares dos trabalhadores da Administração Pública seria sinónimo de agravamento da espiral inflacionista? Provavelmente não e, de certeza, António Costa também não e, se alguém disser o contrário, é porque não entendeu o que ele disse. Pois bem, segundo o Instituto Nacional de Estatística, o tal fenómeno passageiro de que falava Costa é como a Toyota (veio para ficar), não parando de crescer, atingindo, em Outubro, os 10.2%.

Segundo as previsões do Governo, inscritas da proposta de Orçamento para o próximo ano, em 2023 Portugal vai atingir um recorde a nível de lucro com os fundos europeus. No total, o Governo espera transferências de Bruxelas na ordem dos 10 449 milhões de euros, o que, descontando a contribuição portuguesa para o orçamento comunitário (cerca de 2 525 milhões de euros), resulta num saldo positivo de 7 924 milhões de euros. Estamos a falar de 22 milhões por dia, em média!

  A Segurança Social enviou 33 cheques de 125 euros (4 125 euros) para um mesmo imóvel em Lisboa. E não estou a falar de uma torre com dezenas de andares, mas sim de um simples prédio cujo proprietário (que o herdara recentemente) apenas tinha conhecimento de um contrato de arrendamento feito a um imigrante pela sua mãe há alguns anos. E ainda há quem diga que a Segurança Social tem problemas de sustentabilidade ou falta de dinheiro!

  Apesar de Ricardo Araújo Pereira (RAP) dizer que apenas pretende fazer rir, o certo é, fazendo humor político em prime-time , RAP tem feito oposição política mais eficaz ao Governo do que todos os partidos políticos. Embora seja difícil de provar, a escolha dos alvos e das situações pode acabar por ter consequências políticas significativas. Mito ou realidade, os programas de sátira política aumentam a percepção das pessoas em relação aos temas tratados. Se isso se traduz em maior ou menor participação política, isso é outra história.

  O Banco Central Europeu (BCE), "esquecendo" a recessão que se perfila no horizonte (cenário admitido pelo próprio BCE), aumentou a taxa de juro em 0.75 pontos percentuais, para 2%. E promete não ficar por aqui, pois a inflação continua demasiado elevada (em Setembro a inflação na zona euro atingiu quase os 10%), bem acima do objectivo do Banco. É o regresso aos níveis que vigoravam em Janeiro de 2009, altura em que a Europa estava a recuperar da crise financeira de 2007/2008 e a caminho da crise das dívidas soberanas. Não sendo a inflação na zona euro provocada pela procura (nem existe nenhuma espiral inflacionista resultante de aumentos salarias), mas sim por factores exógenos, pergunta-se: Faz sentido aumentar significativamente as taxas de juro para debelar a inflação? Não será isso acrescentar recessão à recessão que já se adivinha?

  A actualização das pensões começou com um truque, o de fazer passar um adiantamento por um aumento, esquecendo que este não contaria para a base a partir da qual seriam calculados os aumentos nos anos seguintes, e acabou numa mentira: a de que, se a lei fosse cumprida, a Segurança Social perderia 13 anos de vida. Os saldos negativos começariam ainda antes de 2030 e o Fundo de Estabilização esgotar-se-ia em 2040. Tornado público o relatório do Orçamento, ficamos a saber que o Fundo não só não se esgota em 2040, como terá, em 2060, mais 8 000 000 000 (oito mil milhões) de euros do que em 2023. Isto no período de algumas (poucas) semanas, sem qualquer explicação por parte do Governo. Houvesse consequências políticas, e os pensionistas estariam hoje a exigir o cumprimento da lei e a cabeça de quem, tão deliberadamente, lhes atirou areia para os olhos.

  De acordo com a lei de Murphy, se alguma coisa pode correr mal, vai correr mal. A lei aplica-se, que nem uma luva, à substituição da liderança dos tories e da chefia do Governo do Reino Unido. O que ainda há poucos dias parecia uma loucura, o "regresso" de Boris Johnson ao "melhor trabalho do mundo" (palavras de Johnson), parece estar em cima da mesa. Os deuses devem estar loucos!

  A este ritmo, 44 dias de exercício do cargo de Primeiro-ministro, bem pode o Partido Conservador britânico experimentar todos os militantes até acertar num que "encaixe" no cargo!

  A cerca de um mês do início do Campeonato do Mundo de Futebol, Fernando Santos tem poucas razões para sorrir. A Pedro Neto (Wolverhampton), juntou-se Diogo Jota (Liverpool) como indisponível (ambos a recuperar de intervenções cirúrgicas). A estas duas ausências confirmadas acrescem as dúvidas relativas a Pepe (FC Porto), Danilo Pereira e Fernando Mendes (PSG) todos a recuperar actualmente de problemas físicos. Como se não bastasse, temos ainda a incógnita Cristiano Ronaldo, que mais parece uma sombra de si mesmo, e Rafa que anunciou  a sua "indisponibilidade" para continuar a representar a selecção nacional de futebol.

  "Nunca voltes ao sítio onde foste feliz", escreveu Carlos Tê na década de noventa, e o Cristiano Ronaldo está a vivê-lo nesta sua segunda passagem pelo Manchester United. De titular indiscutível passou a lugar cativo no banco de suplentes. A tensão entre ele e o treinador Erik Ten Hag é notória e não parecem restar dúvidas de que, apesar das (múltiplas) declarações de Ten Hag de que Cristiano continua como um activo desejado no United, o português procura alternativas para o prosseguimento da sua carreira. O problema é que os clubes europeus que poderiam interessar a Ronaldo não estão interessados na sua contratação.

  Grande objectivo da proposta de Orçamento de Estado para 2023, retirar Portugal da lista dos mais endividados da União Europeia. Como? Fixando uma inflação para 2023 em 4% (valor, muito improvavelmente, irrealista, por defeito) e propondo aumentos salariais inferiores a esse limiar. Por outras palavras, na sequência de 2022, empobrecendo, ainda mais, as gentes deste país.

  Desde que se retirou da vida pública, Pedro Passos Coelho tem mantido uma descrição notável. Não comenta, não escreve artigos para o Expresso de seis em seis meses, nada. Ao que se sabe, estará a preparar um livro de memórias do tempo em que foi Primeiro-Ministro. Perante a fragmentação da direita e o avanço da direita radical, o nome de Passos Coelho tem sido referido como o único nome capaz de servir de pólo agregador à direita, travando, dessa forma, o crescimento da direita radical (leia-se Chega). Resta saber o que pensará Pedro Passos Coelho de tudo isto. PS-"Um activo político para o futuro", foram as palavras textuais do Presidente da República a propósito de Pedro Passos Coelho, quem sabe, posicionando-o numa espécie de primárias para a próxima corrida a Belém.

  Apanhado debaixo do fogo mais cerrado da sua carreira presidencial e consciente de ter pronunciado a frase mais infeliz destes seis anos, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou: "Não pensem que me vou fechar no palácio". Pois bem, dito e efeito, nada como beber um copo com o povo genuíno numa qualquer tasca deste país.

No próximo dia 30 de Outubro vai disputar-se a segunda volta das Presidenciais brasileiras. Na primeira volta Lula da Silva recebeu 48.4% dos votos e Jair Bolsonaro 43.2%. Para muita gente, foi um balde de água fria pois estava em cima da mesa uma eventual eleição de Lula na primeira volta. Entretanto, nas intenções de voto, Bolsonaro tem vindo a aproximar-se de Lula, transformando o resultado do próximo dia 30 de Outubro numa autêntica incógnita, ainda que, à data em que escrevo, as diversas sondagens continuem a apontar Lula como próximo Presidente do Brasil.