Saída limpa
Recentemente o Tribunal de Contas deu conta que o "controlo (da CGD) pelo Estado entre 2013 e 2015" foi insuficiente. Agora, relata o jornal Público, o Ministério das Finanças, no consulado de Maria Luís, ignorou, pelo menos, dois relatórios da Inspecção-Geral de Finanças, relativos a relatórios trimestrais da Comissão de Auditoria da CGD de 2014, que mostravam um agravamento das imparidades do banco público. Esses documentos só foram despachados em 2015, quinze dias antes das eleições, e despachados, digo eu, muito provavelmente, para o fundo de uma gaveta. O PSD, como não poderia deixar de ser, veio a terreno defender a sua dama, mas, conjugando os dois factos, não restam dúvidas: a necessidade de uma "saída limpa" era tão imperiosa para a tentativa de ganhar as eleições seguintes que os problemas pura e simplesmente foram empurrados para a frente. Se formassem governo logo se veria, caso contrário a bomba estouraria nas mãos de outros.
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