Presidente amigo
Marcelo Rebelo de Sousa pode ser acusado de muitas coisas, mas nunca de não apoiar o Governo. Percebendo a delicadeza da situação em que o Governo se encontrava, o Presidente da República com a passada comunicação ao país (e, provavelmente, algumas palavras, duras e privadas, ao Primeiro-Ministro) resolveu a questão de uma penada. Constança Urbano, Ministra da Administração Interna, que ansiava pelo gozo de férias que não tinha tido, percebeu, finalmente, que não tinha condições políticas para continuar no Governo e apresentou a sua demissão. António Costa, Primeiro-Ministro, que só por teimosia (e para não dar mostras de recuo) mantinha a Ministra da Administração Interna em funções, aceitou a sua demissão sem precisar de assumir o erro que estava a cometer. Por último, mas não menos importante, considerando a moção de censura ao Governo do CDS-PP, o Presidente da República deu à "geringonça" todas as condições para votarem contra a moção de censura com a consciência tranquila: foram devidamente assumidas as consequências políticas das tragédias dos incêndios, pelo que não há nada a mudar!
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