Todos sabemos que a Justiça em Portugal funciona a três velocidades, devagar, devagarinho e parada. As decisões, quando tomadas, tardia e a más horas, perdem qualquer efeito efeito pedagógico que eventualmente poderiam ter. Há casos em que os investigados passam anos até serem julgados, acusados ou mesmo constituído arguidos. Para além disso, está profundamente enraizado no subconsciente português que há uma Justiça para ricos e outra para pobres. A cara da imagem é de António Mexia, mas podia ser outra. Relativamente a este, à espera de decisão de um recurso apresentado há três anos, viu recusado pelo Supremo Tribunal de Justiça um pedido para o afastamento da juíza titular do processo, porque, para aquele tribunal, os juízes portugueses são "trabalhadores e despachados", não vendo o tribunal qualquer indício de a juíza não querer decidir.