Dar com uma mão, tirar com as duas
Apesar de estarmos a alguns meses do fim do ano e de ainda muita água ir correr debaixo das pontes (bem. na verdade, talvez nem tanta quanto isso, caso se mantenha a actual situação de seca), os jornalistas da Time não tiveram dúvidas e escolheram, desde já, a figura do ano 2022. Pela primeira vez, desde 1927, ano da primeira escolha, um português na lista dos (mais) ilustres deste mundo!
PS-Aparentemente, o título tem pouco a ver com o texto, mas passo a explicar. Para mantermos as coisas simples, vamos trabalhar com números redondos. Imaginemos um reformado com uma pensão de 100 euros. Caso não recebesse o adiantamento, que tão generosamente o Governo lhe irá dar em Outubro de meia pensão (50 euros), para o ano iria ser aumentado em 8%, passando a 108 euros. Como irá receber o tal adiantamento, a actulização de 2023 será unicamente de 4%. Ainda que em 2022 e 2023 o rendimento dos reformados fique praticamente inalterado, o problema coloca-se a partir de 2024 e anos seguintes. Em 2024, o aumento em vez de incidir sobre o valor base de 108 euros incidirá unicamente sobre 104 euros, o que, evidentemente, resultará numa pensão inferior e assim, sucessivamente, para os restantes anos de vida do nosso reformado. Considerando o universo de reformados, estamos estamos a falar de muitos milhões de euros. Dito isto, qual parece ser a prioridade de António Costa? Apoiar quem mais necessita, ou encher os cofres do Estado?
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