Crónica de uma vitória anunciada

As eleições legislativas do passado Domingo tiveram um vencedor claro, António Costa e o PS. Mas a vitória, incontestada, terá tido um sabor amargo: ficaram a anos-luz da maioria absoluta, com que chegaram a sonhar. E pelo que se ouviu na noite eleitoral, a esquerda do PS não parece estar disposta a passar "cheques em branco" a António Costa. A CDU, em queda contínua e acentuada, tratou logo de fazer exigências que o PS nunca aceitará. Quanto ao BE, abrindo a porta a um acordo de regime ou a acordos pontuais, cobrará, seguramente caro, um eventual apoio. O PSD aguentou-se com um resultado bem melhor do que se chegou a augurar e, apesar de já ter começado fogo cerrado contra Rui Rio, o resultado não me parece dar grande trunfo aos críticos. Quanto ao CDS, a derrota foi histórica e provocou logo a primeira vítima. Ainda a noite era uma criança e já Assunção Cristas anunciava o abandono da liderança do partido. Quanto aos outros, assinale-se o excelente resultado do PAN e a chegada ao hemiciclo de três novos partidos: Chega, Iniciativa Liberal e Livre.

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