Caídos em desgraça (I)

Comecemos pelo caso mais mediático. Detido como um vulgar criminoso ao desembarcar em Lisboa, José Sócrates, ex-Primeiro-Ministro de Portugal, foi interrogado e preso preventivamente. A explicação para a medida aplicada foi que, caso continuasse em liberdade, para além do perigo de fuga, poderia perturbar a investigação em curso. Depois de acusado, julgado e condenado na praça pública, fruto de sistemáticas violações do segredo de justiça (sabiamente orquestradas, diria eu), José Sócrates soube, finalmente, de que era acusado. Escusado será dizer que, independentemente do desfecho do julgamento, que saberá, apenas, Deus quando começará, hoje não há nenhum português que não tenha uma convicção firmemente formada sobre a acusação e o carácter do ex-Primeiro-Ministro. Enfim, um exemplo paradigmático de como um Estado de Direito (como supostamente é o nosso) não pode nem deve tratar os cidadãos.

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