O meu melhor amigo

Faz hoje um mês que morreu o meu melhor amigo. Sempre presente, nos bons e nos menos bons momentos, nunca me deixou ficar mal. Estou a falar do meu cão Faísca, velho companheiro de mais de 14 anos de convívio. O Faísca já apresentava todos os sinais de uma idade avançada, pêlo cada vez mais branco, passar grande parte do tempo a dormir, comer menos e menor curiosidade pelo que o rodeava. Tirando isso, continuava o mesmo de sempre. Todos os dias aos finais de tarde ia-me esperar ao portão quando regressava do trabalho. Assim que o carro entrava, dava uma espreitadela à rua e vinha para dentro para se deitar no sofá e dormir até à hora de jantar. Tive muito tempo para me preparar para a morte do Faísca, mas, quando o momento chegou, foi quase uma surpresa. Afinal de contas, não me parece haver preparação possível para o adeus definitivo aos nossos melhores amigos.

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